
Trapalhas tornaram insustentável manutenção de prisão domiciliar
Dimitrius Dantas
O Globo
Próximos do pai durante todo o mandato e interessados em manter o espólio político dentro do clã Bolsonaro, os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro também foram peças centrais, nos últimos meses, para justificar as principais derrotas jurídicas de Bolsonaro, culminando com sua prisão preventiva neste sábado.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes que converteu a prisão domiciliar do ex-presidente apoiou-se diretamente em duas decisões tomadas por dois de seus filhos: a convocação, pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) de uma vigília em frente ao condomínio de Bolsonaro, e a fuga de Eduardo Bolsonaro para os Estados Unidos, em março deste ano.
OBSTRUÇÃO – De acordo com a decisão, a sequência de atos, aliada à tentativa de Bolsonaro de abrir sua tornozeleira eletrônica, tornou insustentável a manutenção de sua prisão em regime domiciliar em meio às tentativas de obstrução de justiça e risco iminente de fuga.
A gota d’água para a Polícia Federal foi a publicação de um vídeo pelo senador Flávio Bolsonaro na sexta-feira. Na gravação, o parlamentar convocou apoiadores para uma “Vigília pela saúde de Bolsonaro e pela liberdade no Brasil”, marcada para ocorrer em frente ao condomínio do ex-presidente no Jardim Botânico, em Brasília.
MANIFESTAÇÃO – Flávio também foi o estopim para a prisão domiciliar de Bolsonaro em agosto. Foi uma publicação do senador, apagada em seguida, que serviu como justificativa para o ex-presidente ficar preso em casa. Na ocasião, Flábio publicou um vídeo de Bolsonaro enviando mensagens para uma manifestação de apoiadores, o que estava proibido por Moraes.
O ministro Alexandre de Moraes interpretou a convocação como um risco à garantia da ordem pública, dificultando as ações dos agentes que fazem a escolta de Bolsonaro dentro de sua casa. Moraes citou a possibilidade da aglomeração facilitar uma eventual fuga.
SANÇÕES – Em agosto, Bolsonaro já tinha sido preso em razão da atuação de outro filho seu, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que em março se licenciou do mandato na Câmara dos Deputados e se mudou para os Estados Unidos. A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada exatamente pela participação de Eduardo na articulação pelas sanções econômicas ao Brasil e contra autoridades do governo brasileiro, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma das ligações feitas pelos investigadores foi a decisão de Jair Bolsonaro de enviar recursos para ajudar a financiar a permanência do filho no exterior. Mensagens trocadas entre Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro, divulgadas durante as investigações, entretanto, demonstraram divergências políticas entre ambos, sobretudo em relação ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Na decisão em que determinou a prisão domiciliar em agosto, Moraes indicou que enxergava na atuação dos filhos de Bolsonaro, sobretudo nas redes sociais, uma forma de Bolsonaro driblar as restrições aplicadas a ele. Carlos Bolsonaro, por exemplo, mesmo “tendo conhecimento das medidas cautelares, como a restrição ao uso de redes sociais, impostas ao seu pai”, pontuou Moraes em decisão de agosto, publicou na rede social X uma foto de Bolsonaro com o pedido para seguirem o perfil dele,
ELEVADO RISCO – O ministro destacou que a reiteração dessas condutas evidenciava um “elevado risco de fuga” de Jair Bolsonaro, tornando insustentável a manutenção das medidas cautelares anteriores.
“A repetição do modus operandi da convocação de apoiadores, com o objetivo de causar tumulto para a efetivação de interesses pessoais criminosos; a possibilidade de tentativa de fuga para alguma das embaixadas próxima à residência do réu; e a reiterada conduta de evasão do território nacional praticada por corréu, aliada política e familiar evidenciam o elevado risco de fuga de Jair Messias Bolsonaro”, afirmou Moraes na sua decisão.
Inventar que Augusto Heleno, só agora, depois de condenado, passou a alegar que tem Alzheimer é um escárnio contra quem sofre com essa condição.
Os Bolsonaros alegarão o que?
São todos bipolares também?
Paranoicos?
Sequelados da COVID da qual zombaram tanto?
O curioso é Heleno, segundo Milaneza, ter ficado com Alzheimer, alegadamente, ao mesmo tempo do desgoverno Bolsonaro.
Com doença não se brinca, gente.
Moraes entrará para a História como um ridículo tirano.
Mas essa galera não se ajuda!
Contudo, o ex-mito ainda detém o poder de surtar a direita
O ex-mito, ainda por anos, deterá o poder de atazanar a vida da direita que depende dos votos dele para se dar bem.
Diz-se que mesmo sem sua benção, a direita enfrentará Barba em 2026 com chances reais de sucesso e que poderá eleger Tarcínico presidente.Perguntem a Tarcínico se ele acredita nisso, perguntem.
Mesmo que o ex-mito anuncie seu apoio a Tarcínico, quem garante que mais tarde ele não o abandonaria?
Carente de votos, a direita brasileira ama um atalho para chegar ao poder.
E atalhos têm a ver com golpes ou candidatos populistas, não necessariamente de direita. Jânio foi um atalho Collor, outro. O ex-mito, o mais recente.
Fonte: Metrópoles. Opinião, 26/11/2025 05:30 Por Ricardo Noblat
Em suma: Vigília é inaceitável, desde 08.01, pois tida trama com o desarmado e impalpável espírito!
Por Ricardo Noblat
A Vóvo Mafalda preferida do Carniceiro Fidel Castro…
È prá acabar mesmo….!
eh!eh!eh!eh
O maior fator de atração política é a expectativa de poder.
E a expectativa de poder pessoal do ex-mito esgotou-se na inelegibilidade, prisão e incerteza de anistia.
É a realidade, na qual, o bolsonarismo já começou a cair.
Não há mais espaços para família do ex-mito ‘virar a mesa’
A família do ex-mito reduziu dramaticamente o espaço para conseguir aquilo que vem tentando fazer pelo menos desde 2022: virar a mesa.
Não foi possível evitar uma derrota eleitoral, não deu certo o plano para sustar a transmissão do poder, e também não há sinais de que se vá conseguir impedir o cumprimento da condenação do mentor de tudo isso, o ex-mito, e dos que colaboraram com ele.
O país segue o caminho da normalidade institucional, superando cada uma dessas tentativas fracassadas de golpe.
Fonte: O Globo, Política, 26/11/2025 01h00 Por Vera Magalhães
“A imprensa é muito séria, se você pagar eles até publicam a verdade”.
(Juca Chaves)
Pequeno resumo, muito resumido mesmo.
Nada é novo, naturalmente. A afirmação e constatação de que Dom Pedro II nunca censurou a imprensa é, em grande parte, precisa. Durante o Segundo Reinado, o Brasil Imperial gozou de uma liberdade de imprensa notável para a época, que raramente foi cerceada pelo Imperador.
Registre-se que a Família Imperial NUNCA foi filiada a nenhum partido político.
Registre-se, também, que o excelente deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança, é descendente da família imperial brasileira e o primeiro membro da casa imperial desde a República a ocupar um cargo eletivo, mas não faz parte da linha de sucessão dinástica.
Essa parte da história chegou a muitos brasileiros. Entretanto, em 1889 veio a República. A República nasceu de um golpe covarde contra o Imperador Dom Pedro II e chegou bem avarenta, gulosa, decidida a “cuidar” dos cofres públicos. Isso requereu “apagar memórias” da Monarquia, o que acontece até hoje.
Logo, logo, a República alimentou relação peculiar com a imprensa: estreitando, convenientemente, contato e pautando, convenientemente, o que poderia chegar aos ouvidos e olhos da população. Isso foi – de verdade – o começo do que eles mesmos chamam de desinformação informacional.
Esse tempo todo a influência de interesses comerciais e políticos na independência editorial, gerou crise de credibilidade, confiabilidade e cobertura enviesada.
Destaque-se que, alguns poucos, veículos de imprensa escaparam desse assédio e seguiram cumprindo o dever de bem informar, optando pela liberdade editorial em suas redações.
Hoje, a contaminação é quase geral. O surgimento das redes sociais levou pânico as redações de jornais e televisões.
A informação decentralizada e distribuída implodiu negócios antes lucrativos e protagonistas das notícias.
Grades de televisão tinham programação com audiência cativa. Ditavam moda e elegiam políticos.
As redações (imprensa escrita) tinham jornalistas (âncoras, principalmente) como verdadeiras celebridades. Suas vozes empostadas (locutores) promoviam “lavagem cerebral” ecoando dia e noite em incautos cérebros, com discursos de aprovação ou não de conteúdos, num “golpe mortal” a democracia e direito dos brasileiros a verdadeira informação e liberdade de escolha.
Ora, se a convocação e a fuga são crimes, a punição não deveria passar destas duas pessoas. Ou seja, o algoz também é criminoso.
E pensar que a nefasta programação mundial do tal “Anticristo & Camanga” será parecida com isso!!!