Jair Bolsonaro esqueceu do “dize-me com quem andas”…
Bruno Boghossian
Folha
Jair Bolsonaro alugou um carro de som turbinado para sua campanha à reeleição. No discurso de filiação ao PL, o presidente mostrou que pretende usar a verba do partido, o espaço na TV e os palanques nos estados para repetir a fórmula infame que explorou na disputa de 2018.
Em 2018, aquele deputado do baixo clero não escondia sua agenda. Candidato por uma sigla nanica, Bolsonaro citava planos para reduzir a proteção ambiental, prometia uma abordagem ultraconservadora na educação e agitava o fantasma do socialismo para amedrontar eleitores. Agora, ele quer uma máquina partidária maior para repetir a dose.
PROTEÇÃO DEMAIS – Ao lado do anfitrião Valdemar Costa Neto, o presidente pediu apoio da plateia do centrão para que o Congresso revogue decretos ambientais e facilite a abertura de resorts em áreas preservadas de Angra dos Reis (RJ). Reclamou das leis brasileiras e disse que elas protegem “de forma excessiva” a região amazônica.
O presidente também levou ao palanque montado pelo PL suas flâmulas de ultradireita. Citou o lema integralista “Deus, pátria e família”, falou em indicar ministros para o STF com “o perfil mais para o lado de cá” e mencionou uma aliança antiesquerdista com seus novos parceiros. “Nós tiramos o Brasil da esquerda. Nós todos tiramos”, disse.
CENTRÃO REINA – O centrão nunca deu bola para essa conversa, tanto que o bloco apoiou com gosto Lula e Dilma Rousseff. No próprio evento de filiação de Bolsonaro, o presidente do PL ignorou a agenda bolsonarista típica. Valdemar afirmou que a sigla apoiava bandeiras como o Auxílio Brasil, o marco do saneamento, o 5G e investimentos em infraestrutura.
Os movimentos desses veteranos da política se pautam por outros valores. Em setembro, Bolsonaro criou encrenca com o presidente do Banco do Nordeste, apadrinhado pelo PL. O motivo era um contrato da instituição com uma entidade ligada a petistas.
Valdemar apoiou a troca do dirigente – não porque estivesse contaminado pelo antipetismo, mas porque tinha interesses no negócio.
1) A meu ver, o atual Presidente e seus seguidores, vivem no passado… pré Guerra Fria e similares
2) Respeitosamente, recomendo a leitura do ótimo livro do pensador indiano Jiddu Krishnamurti: “Liberte-se do Passado”.
3) Ele que fala, vez por outra em “Conhecereis a Verdade e ela vos Libertará”, citando Jesus…
4) Alguém poderia presenteá-lo com o livro sugerido no Natal.
Bolsonaro é o Collor II. Só não sofreu impeachment porque o PT é contra golpes.
Em 2022 não terá Moro. O gabinete do Ódio está cercado. Não terá a unanimidade da Mídia a seu favor. E principalmente, teve que se mostrar ao povo coisa que soube esconder por décadas.
Ronaldo, saia desse mundo virtual de ignóbil cegueira e ignorância, e venha se iluminar com a realidade.
Na testa !
Deixo uma frase para os interpretes. “Não se chuta cachorro morto”.
Tenho a percepção que atualmente para ganhar eleição primeiro tem de dominar as redes sociais e isso não se faz facilmente.