
Charge do Cazo (Arquivo Google)
Deu em O Globo
A dez meses das eleições de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou na semana passada a sexta edição do teste público de segurança do sistema eletrônico de votação. Reunidos em Brasília, 26 investigadores da sociedade civil, entre eles professores universitários e especialistas em segurança digital, tentaram fraudar os equipamentos e programas de votação.
Num ambiente vigiado e em equipamentos fornecidos pelo TSE, esses hackers são incentivados a encontrar vulnerabilidades para ajudar a aperfeiçoar o sistema.
DESINTERESSE – O entusiasmo dos participantes do teste contrastou com o desinteresse demonstrado até agora pelos partidos políticos, em princípio os maiores interessados em assegurar melhorias no sistema.
Em outubro, o TSE abriu, para inspeção das legendas, os códigos internos que fazem funcionar a urna eletrônica e o sistema de votação, conhecidos tecnicamente como “códigos-fonte”. Só o Partido Verde (PV) se credenciou para examiná-los. Em 25 anos, foi o segundo partido a se interessar pelo assunto (o outro foi o PT, até 2002).
É notável que nenhum dos bolsonaristas que vivem atacando o sistema digital de votação e espalhando desinformação a respeito jamais tenha se dignado a tentar entendê-lo, inspecionando o código.
É UMA OBRIGAÇÃO – Seria dever não apenas deles, mas de todas as demais agremiações políticas seguir o exemplo dos verdes. É certo que, politicamente, os principais partidos têm reafirmado confiar piamente na lisura das eleições. Tal confiança precisa, contudo, decorrer da análise técnica. Daí a importância de participar da fase de testes. Isso sempre foi verdade nos 25 anos de urna eletrônica, mas ganhou maior relevância com a chegada de Jair Bolsonaro ao Planalto.
O TSE tem feito sua parte. Para ampliar a transparência, aumentou em seis meses o prazo de inspeção do código e convidou instituições como as Forças Armadas e organismos internacionais a acompanhá-la.
DISSE BOLSONARO – Aparentemente, o movimento tem surtido efeito. Tanto que, em declaração recente, o próprio Bolsonaro moderou o tom no ataque às urnas, dizendo que a participação das Forças Armadas nos testes torna as eleições de 2022 mais confiáveis. “O ideal é o voto no papel, impresso. Mas agora fica quase impossível uma fraude”, afirmou.
É uma declaração notável para alguém que sempre tentou deslegitimar o processo eleitoral sem nenhuma prova, com a intenção de justificar reações ilegítimas em caso de derrota em 2022, a exemplo de Donald Trump nos Estados Unidos.
Como a campanha bolsonarista deixou sequelas na sociedade brasileira, é preciso eliminar quaisquer dúvidas sobre a lisura do sistema eleitoral. Por isso, a participação de todos os partidos políticos na fase de testes não era apenas desejável, mas fundamental.
Trabalhei toda minha vida profissional em Processamento de Dados.
Afirmo que mesmo a urna sendo segura, o sistema de contagem na consolidação das urnas pode ser “viciada”.
Ninguém se interessou por que todo o sistema eleitoral é uma fraude. Não interessa aos partidos inspecionar “pn”, o acordão já foi feito durante a conspirata para sabotar o voto auditável na Câmara dos De-putados, quando os facínoras Barrão Barroso e Xandão ofereceram em troca a garantia da eleição dos aliados dos chefes partidários.
O Exército, por desacreditar da segurança do sistema eleitoral e da ineficácia dos “testes” de araque, organizados pelos mafiosos do TSE, recusou-se a participar da farsa.
Desde a eleição de 2018, quando um adolescente invadiu e, por seis meses bisbilhotou os servidores do TSE, todos sabem que o Barrão Barroso é um mentiroso descarado, que cometeu um crime ao autorizar a destruição dos registros da invasão do sistema. Cadeia pra esses marginais do TSE é pouco.
Depois que não venham apontar defeitos na urna eletrônica e tentar sabotar as eleições.
Quem vier eu dou um tiro.