Segundo Vinicius de Moraes, ontem foi sábado, hoje é domingo, amanhã é segunda, sem nenhuma sequencia a não ser a do calendário. E sem nenhum espírito esportivo, alguns dizem que depois da gripe suína, vem o espírito de porco.
Marcante nessa segunda, o fim do recesso que é a continuação do fim do Senado ou pelo menos de alguns senadores. Mão Santa abrirá a sessão, haverá número para botar em funcionamento o Conselho (da falta) de Ética?
As representações contra Sarney continuam sendo recebidas, só que agora são representações e represálias. Aproveitando que estava em São Paulo, Sarney mobilizou um desembargador com que tem grandes ligações e seu adorado filho Fernando, muito mais.
(O Conselho de Justiça, que foi criado para moralizar e tem anunciado medidas saneadoras, não pode deixar passar essa decisão do desembargador Dacio Vieira do Tribunal de Justiça de São Paulo. Se o CNJ se aprofundar, vai descobrir que o desembargador tem mais afinidade e ligações com Sarney do que com a Justiça).
A ação de Sarney e seus apaniguados, (no Senado e fora dele) é tão ampla que nivela o Brasil com a Venezuela. Essa liminar para que o Estado de S. Paulo não trate do assunto (é um assunto ou apenas um filho corrupto e privilegiado?) retrocede 40 anos, coloca o Brasil em plena censura de 1968, antes mesmo do famigerado AI-5.
E justifica a ação do coronel Chavez, que pretende LIMITAR (não confundir com LIMINAR) o uso de informações. Chavez quer uma LEGISLAÇÃO ESPECIAL PARA IMPEDIR A LIBERDADE DE EXPRESSÃO. O desembargador Dacio Vieira não precisa de legislação, SUA VONTADE REPRESENTA PRIORIDADE.
E já que o Conselho vai examinar a questão, deve se estarrecer com dois fatos realmente assombrosos:
1 – Juízes de instancia inferior julgarem magistrados superiores. A decisão é quase sempre subserviente.
2 – A concessão de MEDIDA CAUTELAR, para que jornalistas PROCESSADOS não escrevam nada sobre os PROCESSADORES. Nem podem comunicar aos seus leitores, NÃO ESCREVO MAIS SOBRE ESSE ASSUNTO, A JUSTIÇA ME PROIBIU. Fica a impressão de que houve acordo.
PS – Se o Conselho de Justiça entender, vou a Brasília depor sob juramento, mostrar processos, dar nomes, ressalvar, ressaltar e registrar juízes geralmente de primeira instancia, que RECUSAM esse abuso do PODER JUDICIÁRIO.
PS2 – Às armas, cidadãos.