
A política precisa se livrar de Lupi, o mais rápido possível
Leonardo Ribbeiro
da CNN
Não é a primeira vez que Carlos Lupi decide deixar o primeiro escalão de governos petistas. Em meio a denúncias de fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ele pediu demissão do cargo de ministro da Previdência nesta sexta-feira (2).
Em 2011, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), Lupi também pediu para deixar a função de ministro do Trabalho, após acusações de que assessores dele cobravam propina para resolver pendências de Organizações Não-Governamentais (ONGs).
JATINHO ALUGADO – O pedetista foi denunciado ainda por ter viajado, em 2009, em um jatinho alugado por uma organização que obteve, posteriormente, contratos de projetos ligados ao ministério.
Além disso, a revelação de que Lupi era assessor-fantasma do PDT na Câmara dos Deputados também colaborou para seu afastamento. Ele teria somado, ilegalmente, cargos em Brasília e no Rio de Janeiro.
Quando as suspeitas foram tornadas públicas, Lupi chegou a dizer que duvidava que seria demitido. “Duvido que a Dilma me tire. Para me tirar só abatido à bala”, afirmou à época.
“EU TE AMO” – Dois dias depois, em comissão no Congresso, pediu desculpas à presidente e emendou um “eu te amo”, a que Dilma respondeu ironicamente: “Não sou propriamente romântica”. Na ocasião, o então ministro negou todas as acusações.
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República chegou a recomendar à então presidente Dilma que exonerasse o ministro, com base nas denúncias. O grupo ainda advertiu Lupi por descumprir regras previstas no Código de Conduta da Alta Administração Federal.
Depois de resistir por 28 dias, com a imagem desgastada também por suas próprias declarações, o pedetista pediu demissão, antecipando-se, assim, a uma decisão de Dilma, que anunciaria sua exoneração no dia seguinte, seguindo a recomendação da Comissão de Ética.
AGUENTOU 9 DIAS – Agora, no governo de Lula da Silva, o pedido de demissão ocorre nove dias após o escândalo envolvendo fraudes em benefícios do INSS. Nas redes sociais, Lupi agradeceu o presidente da República pela “confiança” e “oportunidade”.
“Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades no INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula”, escreveu.
Após Lupi comunicar o presidente Lula, o Palácio do Planalto divulgou uma nota, na qual afirma que recebeu o convite do agora ex-ministro da Previdência. O comunicado ainda confirmou o convite do presidente para que o ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da Previdência, ocupe o cargo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se dizia antigamente, já vai tarde. Deveria abandonar o partido de Brizola, que tem cada vez menos importância na política. (C.N.)
A JAULA:
José Luis
https://x.com/BlogdoNoblat/status/1918421467408285918?t=hl-wlL-y6OZI4bEq9lCOaw&s=08
Lupi não é ladrão.
A verdade é que nosso pais hoje, se tornou um grande LUPANAR, tás compreendendo?
Efeito colateral
Barba fica agora diretamente exposto ao escândalo no INSS
Com a saída de seu colega da Previdência, Barba fica agora sem o “cordão sanitário” que impedia que o crime da roubalheira no INSS chegasse diretamente às suas barbas.
Presta atenção, Brasil!