
Bolsonaro queimou a cara e Simone queimou a largada
Vicente Limongi Netto
Os cirurgiões plásticos de Brasília estavam disputando dois clientes importantes, mas ainda não conseguiram marcar as operações. A primeira delas seria feita pelo presidente Jair Bolsonaro, que prometer botar a cara no fogo pelo então ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, que permitiu as tramoias evangélicas com prefeitos de todo o país.
Informado por serviçais que plásticas desse tipo são demoradas e custam caro, Bolsonaro voltou atrás. Trocou a cara pela mão, mas na Hora H do Dia D, só colocou no fogo a pontinha do dedo. Assim, não haverá mais plástica e o presidente botou apenas um Band-Aid no indicador.
A senadora Simone Tebet, por sua vez, candidata à presidência da República, que caiu dos 3% para 1%, segundo pesquisa do Datafolha, precisa de uma plástica radical nas ações e no palavreado, na tentativa de sair do descrédito eleitoral e obter a confiança dos eleitores.
Assessores de seu gabinete não informaram se o senadora passará pelo procedimento estético em clínica particular ou se recorrerá ao SUS.
REGUFFE CANDIDATO – O festeiro São João está feliz. Estrelas brilhando mais. Os anjos cantam e vibram, São Pedro colocou roupa nova e os santos aplaudem a decisão que tornará o inverno menos rigoroso e alegrou o sol, árvores e passarinhos, tudo isso porque o senador Antônio Reguffe (União-DF) anunciou que concorrerá ao governo de Brasília.
Na minha opinião, Reguffe é um falso paladino. Devolve verba de gabinete, deixa de contratar a maioria dos servidores a que tem direito, que precisam de locação, não usa carro oficial, não utiliza o plano de saúde dos senadores e também não se inscreveu na Previdência do Congresso, prefere se aposentar pelo INSS. Tudo isso é só para ganhar votos.
Se realmente for candidato ao governo do DF, perde feio para o atual governador Ibaneis Rocha. E olha que perder para Ibaneis, dizem os brasilienses, só se o cabra for mesmo incompetente.
FALTA O GANSO – Atrevo a dizer que a seleção brasileira ficaria completa com a convocação do cerebral meia Paulo Henrique Ganso. Sobretudo agora que a Fifa decidiu que cada seleção pode levar 26 atletas para a Copa do Catar. Ganso não complica. Simplifica e clareia o jogo. Orienta o time com incrível lucidez. Virtudes difíceis para a maioria dos jogadores. Descobre brechas inacreditáveis para passes certeiros. Deixa o companheiro na cara do gol.
O futebol elegante, inteligente e objetivo que Ganso tem mostrado no Fluminense, encanta inclusive torcedores adversários. Ganso é joia rara no futebol penta campeão do mundo.
Copa do Mundo é guerra de poucos jogos. Precisa de jogadores inteligentes para encarar adversários fortes. Dentro de campo, ninguém conhece Neymar melhor do que Ganso.