Lula faz a festa dos ricos, aumentando a já esplêndida concentração de renda

Charge do Paulo Barbosa (Arquivo Google)

Fernando Canzian
Folha

Quando 2025 terminar, o governo Lula terá destinado quase R$ 1 trilhão em juros a uma minoria que tem dinheiro aplicado no banco. Será praticamente o mesmo valor orçado neste ano aos pagamentos da Previdência para 41 milhões de benefícios mensais, sendo 23,5 milhões a aposentados.

A esplêndida concentração de renda ocorrerá pelo juro elevado do Banco Central, agora gerido por alguém que Lula escolheu. Hoje, aplicações conservadoras pagam quase 9% ao ano acima da inflação.

DOMAR INFLAÇÃO – O juro está alto (Selic a 14,75%) porque o BC tenta domar uma inflação persistente, reflexo da economia aquecida além da conta. Ela está assim porque Lula inventa periodicamente meios de fornecer à população mais dinheiro público – ou privado, caso recente do crédito consignado a empregados formais.

Esse cabo de guerra entre o BC e Lula retarda a queda da inflação e dos juros cavalares e ainda é incerto se os preços serão controlados. Garantido é que, mesmo que o BC consiga, as taxas não devem cair muito. Há uma tendência na praça global contrária a isso.

EUA e China, as duas maiores economias, devem hoje o equivalente a 100% de seus PIBs e mantêm déficits elevadíssimos. A consequência é que têm pago juros maiores para se financiar, levando investidores a cobrar um prêmio de risco acima das taxas americanas para comprar títulos do Brasil e demais emergentes.

RISCOS E GASTOS – Embora representem 40% do PIB mundial, os emergentes (exceto China) atraem só 7% do portfólio global de investimentos em títulos públicos e ações por conta de terem economias desajustadas e com notas de crédito baixas em relação aos países desenvolvidos – que sugam o grosso dos financiamentos.

Por seu lado, desde que assumiu, Lula aumentou com mais gastos em 4,2 pontos o tamanho da dívida pública, elevando o custo de sua rolagem.

Com o presidente entrando no modo eleitoral e o novo cenário internacional, o que não era bom vai ficar pior.

2 thoughts on “Lula faz a festa dos ricos, aumentando a já esplêndida concentração de renda

  1. “O que não tem governo…”

    O governo fala agora em encaminhar os milhares de roubados da previdência para os correios, que nada teriam a ver como isso.

    Por que será?

    Será porque a previdência, que teria ‘possibilitado’ tirar, não teria agora como devolver?

  2. Essa bagaça não tem como dar certo.
    peguei no Diário do Poder.

    Cláudio Humberto

    Os 91 veículos para ministros e outros funcionários do Supremo Tribunal Federal (STF) custaram R$746.031,71 aos pagadores de impostos, apenas entre janeiro e fevereiro deste ano. A frota conta com belas pick-ups como Toyota Hilux e Nissan Frontier, além de modelos mais confortáveis como Toyota Corolla e Ford Fusion. O mais antigo é um Ford Landau, de 1977, que fica exposto no museu da Corte.

    Rolê

    Com combustível, o Supremo torrou mais de R$112,5 mil nos dois primeiros meses deste ano; R$81,2 mil só em fevereiro.

    Nos trinques

    Para não andar em carro empoeirado, o tribunal banca as lavagens: foram R$22,7 mil para dar aquele trato e só em janeiro.

    E subindo…

    Gastos de março não foram todos lançados. Há registro de R$15,8 mil para bancar taxas do Detran, transporte por demanda e rastreamento.

    Frota de milhões

    Em 2024, a “condução de veículos” no STF custou R$5,2 milhões; incluindo R$735 mil com combustível e R$235 mil com lavagens.

    Airbus A319 da Força Aérea Brasileira, a aeronave da Presidência da República. (Foto: FAB).
    Governo torra R$17 milhões com viagens em 4 dias

    O governo Lula conseguiu torrar mais de R$17 milhões com viagens em apenas quatro dias, segundo dados do Portal da Transparência. Entre 15 e 19 de maio, R$4 milhões bancaram só as viagens internacionais. O total da conta que sobra para o pagador de impostos com diárias de funcionários públicos e passagens aéreas da administração petista chegou a R$440,9 milhões este ano, apenas até o dia 19 de maio.

    R$234 milhões

    As passagens aéreas representam apenas 37% das despesas do governo Lula com viagens. A maior parcela dos gastos são as diárias.

    Na nossa conta

    A administração petista registrou mais de dois mil voos a um custo de R$17,6 milhões entre 15 e 19 de maio.

    Triste recorde

    O Lula 3 é o governo que mais gasta com viagens na História: R$5,1 bilhões desde a posse, em 2023. E não inclui Lula, Janja, ministros etc.

    Poder sem Pudor

    Velho truque

    É curioso como, inconformada com a falta de declarações claras e diretas de ministros do STF sobre a ameaça de sanções a Alexandre de Moraes, a mídia produziu várias reações, todas de menosprezo ou de deboche anônimas, de quem “pediu para não ser identificado”.

    Ódio à classe média

    Em vez de reduzir despesas, o governo se utiliza de sua conhecida falta de escrúpulos para aumentar impostos. Aproveita para reiterar seu ódio à classe média, que viaja, passando o IOF de 1,1% para 3,5%.

    Sem credibilidade

    O Brasil é um país cujo ministro da Fazenda do Brasil não merece a confiança. Após descartar aumento do IOF, dizendo que era invenção da “extrema direita”, de uma canetada, mais do que triplicou o imposto.

    Lula ficou caro demais

    Lula mostra que seu governo mal avaliado custa muito caro ao País, aprovando aumento de R$18 bilhões na folha de pessoal ou gastando quase R$4 bilhões em uma demagogia na conta de luz.

    Frase do dia
    “Lula trai os princípios da diplomacia brasileira”
    Deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) repudia Lula por ato com ditadores na Rússia

    Por nossa conta

    Não bastasse a boquinha de R$2,5 milhões por ano no Banco dos BRICS, Dilma Rousseff garantiu mais R$100 mil após comissão do ministério de Lula resolver indenizar e conceder anistia à petista.

    Não era ideologia

    Os R$100 mil da comissão de anistia para Dilma Rousseff, por fatos de 6 décadas atrás, faz lembrar a atitude digna de Millôr Fernandes, crítico desse oportunismo da esquerda: “Não era ideologia, era investimento”. Tinha autoridade: foi um dos intelectuais mais perseguidos na ditadura.

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