Defesas de ex-comandantes questionam efeito prático de possíveis acareações

PGR vai esperar fim de depoimentos para avaliar acareação entre comandantes

As declarações têm sido muito contraditórias, diz a PGR

Julliana Lopes
da CNN

Segundo a analista de política Julliana Lopes, da CNN, as defesas dos envolvidos questionam a eficácia prática de uma possível acareação entre testemunhas e réus— processo jurídico que busca apurar declarações ou depoimentos divergentes, a ser instalado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ela afirma que, no caso específico, que apura uma tentativa de golpe de Estado, há um entendimento entre os advogados de que tal procedimento não pode mudar o rumo das investigações.

QUESTÕES DÚBIAS – As defesas dos acusados argumentam que, apesar de algumas questões “dúbias”, já existe um entendimento claro da Suprema Corte sobre os fatos específicos relacionados às reuniões em questão, em que teria se discutido uma possibilidade de ruptura institucional após as eleições de 2022.

Portanto, na visão desses advogados, uma acareação neste momento teria pouco impacto no rumo das investigações.

RELATOS E REAÇÕES – Como explica Julliana Lopes, dois aspectos se destacaram na semana de depoimentos – os relatos sobre uma suposta pressão exercida por Jair Bolsonaro (PL) sobre os militares e as reações diante das exposições feitas pelos aliados e pelo próprio ex-presidente.

A investigação continua em andamento na primeira turma do Supremo Tribunal Federal, com a coleta de depoimentos sendo uma etapa crucial para esclarecer os eventos relacionados à suposta tentativa de golpe de Estado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
As acareações seriam divertidíssimas, uma atração a mais. Mas dificilmente Moraes aceitará programá-las. Ele gosta de ser atração máxima e única. (C.N.)

3 thoughts on “Defesas de ex-comandantes questionam efeito prático de possíveis acareações

  1. As acareações são imprescindíveis para trazer a luz, a real natureza dos fatos obscuros trazidos pelos personagens estrelados que participaram das reuniões sobre a tentativa de Golpe de Estado.

    Os advogados acreditam, que a exposição na mídia, dos depoimentos prestados pelas testemunhas da defesa e principalmente da acusação, expõe os réus, principalmente Bolsonaro e o núcleo militar que participou ativamente do planejamento do Golpe.
    Por tudo isso, preparam uma forte reação na mídia, contra os depoimentos, sob a esdrúxula alegação de cartas marcadas entre o STF e a PGR.

    Ora, requerer o fim dos depoimentos é um tiro no pé dado pelos advogados do grupo de planejadores e financiadores. Trata-se de um momento da fase processual, em que os advogados podem desconstruir a denúncia contra seus clientes. Se eles querem abdicar desse direito, na prática jogam pela janela a possibilidade da ampla defesa, sinalizando para a sociedade, que os depoimentos prejudicam seus clientes, mais do que ajudam.

    Os advogados das grandes estrelas, já perceberam, que o depoimento do brigadeiro , ex- comandante da Aeronáutica, Carlos Batista foi devastador para seus clientes, portanto, temem que os próximos, principalmente o do ten. Cel Mauro Cid seja devastador para todos.

    Por incrível que pareça, o advogado Demóstenes Torres, ex- senador pelo Estado de Goiás e que patrocina a causa do almirante Garnier, foi brilhante nas perguntas endereçadas as testemunhas em especial as feitas ao ex- ministro da Defesa, Aldo Rabelo.

    Em síntese, abdicar dos depoimentos, significa o receio da derrota ao final do processo. Ninguém aceita a derrota, no campo de futebol, na bolinha de gude,l e no processo do Golpe de Estado.

  2. No jogo de agora a pouco, o Flamengo achava que não foi pênalti e o Palmeira achava que foi pênalti, Rossi defendeu. Depois houve outro pênalti, agora o Palmeira achava que não foi, Arrascaeta bateu e fez o gol.
    Os esquerdistas vão morrer gritando que foi golpe que não vingou e eu vou morrer de dente arreganhado dizendo que não foi golpe, analisar possibilidade não é.
    Posso analisar a possibilidade de dar uma cruza com a judia Gal Gadot, e nem por isso Israel vai mandar o Mossad me castrar.
    Se a esquerda perder essa narrativa de golpe vai ficar sem discurso, vai ficar igual o poema de Drummond, ‘E agora José”

    • E agora, José?
      A festa acabou
      A luz apagou
      O povo sumiu
      A noite esfriou
      E agora, José?
      E agora, você?
      Você que é sem nome
      Que zomba dos outros
      Você que faz versos
      Que ama, protesta?
      E agora, José?

      Está sem mulher
      Está sem carinho
      Está sem discurso
      Já não pode beber
      Já não pode fumar
      Cuspir já não pode
      A noite esfriou
      O dia não veio
      O bonde não veio
      O riso não veio
      Não veio a utopia
      E tudo acabou
      E tudo fugiu
      E tudo mofou
      E agora, José?

      Sua doce palavra
      Seu instante de febre
      Sua gula e jejum
      Sua biblioteca
      Sua lavra de ouro
      Seu terno de vidro
      Sua incoerência
      Seu ódio, e agora?

      Com a chave na mão
      Quer abrir a porta
      Não existe porta
      Quer morrer no mar
      Mas o mar secou
      Quer ir para Minas
      Minas não há mais
      José, e agora?

      Se você gritasse
      Se você gemesse
      Se você tocasse
      A valsa vienense
      Se você dormisse
      Se você cansasse
      Se você morresse
      Mas você não morre
      Você é duro, José!

      Sozinho no escuro
      Qual bicho-do-mato
      Sem teogonia
      Sem parede nua
      Para se encostar
      Sem cavalo preto
      Que fuja a galope
      Você marcha, José!
      José, para onde?

      Você marcha, José, José, para onde?
      Marcha José, José, para onde?
      José, para onde?

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