
Charge do Cláudio (folha.uol.com.br)
Pedro do Coutto
O governo do presidente Lula da Silva enfrenta, em 2025, um cenário político e econômico desafiador. A recente tentativa de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) gerou forte reação na Câmara dos Deputados, com parlamentares articulando movimentos para anular a medida. Essa iniciativa evidencia a crescente tensão entre o Executivo e o Legislativo, especialmente com o Centrão pressionando por maior influência e recursos no governo.
A base de apoio de Lula, que já demonstrava sinais de fragilidade, mostra-se cada vez mais fragmentada. Divergências internas e disputas por protagonismo entre diferentes alas do governo têm dificultado a implementação de políticas coesas. A falta de unidade compromete a eficácia administrativa e a capacidade de resposta às demandas populares.
ÍNDICES – A popularidade do presidente tem sofrido quedas significativas. Pesquisas recentes indicam uma aprovação de apenas 24%, o menor índice registrado em seus três mandatos. A desaprovação atinge 41%, refletindo o descontentamento da população com a gestão atual. Fatores como a inflação dos alimentos, que subiu 55% nos últimos cinco anos, têm impactado diretamente o poder de compra dos brasileiros, especialmente das classes mais baixas.
O Nordeste, tradicional bastião eleitoral de Lula, também apresenta sinais de desgaste. A aprovação na região caiu de 67% para 60% entre dezembro e janeiro, segundo levantamento da Quaest. A dificuldade do governo em dialogar com trabalhadores informais e pequenos profissionais liberais, comuns na região, contribui para esse cenário.
A comunicação do governo tem sido apontada como um dos pontos fracos. Erros estratégicos no início do mandato criaram falsas expectativas, segundo avaliação do próprio Planalto. A falta de clareza na divulgação de políticas e medidas adotadas contribui para a percepção de ineficiência e desorganização.
CRISES – Internamente, o governo enfrenta crises e instabilidades. Ministros manifestam desejo de deixar os cargos, e a relação com o Congresso é marcada por tensões. A recente decisão do Superior Tribunal Militar de reduzir penas de militares envolvidos na morte do músico Evaldo Rosa levanta preocupações sobre a justiça militar no Brasil e adiciona mais um elemento de desgaste para o governo.
A oposição, por sua vez, aproveita o momento para intensificar críticas. O ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo inelegível, declarou que Lula “está derretendo”, referindo-se à queda na popularidade do atual presidente. Pesquisas indicam que nomes da direita, como Bolsonaro e sua esposa Michelle, aparecem à frente de Lula em cenários de segundo turno para 2026.
Diante desse panorama, o governo Lula precisa reavaliar estratégias e buscar reconstruir sua base de apoio. A implementação de políticas eficazes, uma comunicação clara e a recomposição das alianças políticas são essenciais para superar os desafios atuais e evitar um isolamento político que comprometa a governabilidade e as perspectivas para as próximas eleições.
Para um governo que vai terminar sem ter começado a popularidade do Ladrão (até que a mordaça comece sob o comando da Janja) está bem alta.
Fatores como a inflação dos alimentos, que subiu 55% nos últimos cinco anos, têm impactado diretamente o poder de compra dos brasileiros, especialmente das classes mais baixas.
55% em cinco anos.??
Tais brincando , Sr. Pedro….
Armando, PC usou o IGP-M da FGV, que é muito mais alto que o IPCA do IBGE, que mede oficialmente a inflação no Brasil. Mas isso é ignorado quando se quer agradar a si mesmo ou aos “adevogados”, às ovelhinhas, aos cúmplices do ladrão, à macacada, aos velhos velhacos e a todos os demais assemelhados.
Você tem conta no Facebook, Armando ?
Mestre Pedro do Coutto, sempre com a visão sinoóptica da cena política.
Não há unidade na equipe ministerial. O principal motivo é a inabilidade do Ministro Chefe da Casa Civil, o ex- governador da Bahia, Rui Castro. Ele dissemina a divisão no governo, engaveta projetos, frita ministros com a aquiescência do Chefe do governo.
Lula sofre da maldição do terceiro mandato, que já atingiu o ex- presidente Getúlio Vargas.
A falta de coordenação política e a traidora e fraca base aliada, desmontam as ações de governo.
Ao mesmo tempo, dentro do governo, os ministros Fernando Haddad e Marina Silva são frequentemente boicotados e motivos de fofoca, que chega truncada nos ouvidos presidenciais.
Um exemplo recente, foi a atuação grotesca do líder do governo no Senado, o senador pela Bahia, Jaques Vagner, sentado ao lado do grotesco e truculento, senador Marcos Rogério PL/RN, ontem na Comissão do Meio Ambiente, nada fez, quando ele mandou a ministra Marina calar a boca e se colocar no seu lugar. Jaques Wagner só riu.
Rir de que senador covarde?
Mesmo comportamento dele no debate na Globo News, no programa das terças as 09: 30 da noite, mediado pela jornalista Julia Daulibi, na qual Jaques Wagner foi a lona no debate sobre a fraude INSS, não conseguiu rebater os ataques do senador Rogério Marino, líder do PL no Senado e filho do ex- presidente da Câmara, Djalma Marinho do Rio Grande do Norte.
Jaques Wagner ria docemente constrangido, demonstrando inabilidade no exercício do contraditório político. O bolsonarista, senador Rogério Marinho fez barba, cabelo e bigode.
Lula confia cegamente em Jaques Wagner. As escolhas de Lula no primeiro e no segundo mandato eram bem melhores. Tudo isso e muito mais, reflete na popularidade presidencial. Mas, Lula é resistente a mudanças, logo, até às eleições de 2026, tudo deve permanecer enfadonha.ente na mesma ópera bufa.
O termômetro para avaliar o desgoverno está nas ruas, onde Lula perdeu quase toda a popularidade e resume suas aparições e discursos em “espaços controlados”.
A “união de forças” para impedir a reeleição de Bolsonaro levou os políticos a um oportunismo estribado na “união do diabo com o coisa ruim”. Ninguém gosta de ninguém, mas ninguém solta a mão de ninguém. Tudo pelo poder…
Morto insepulto
O político virou “morto insepulto”. Teleguiado pelo STF.
Morreu e não foi sepultado, ou seja, não foi enterrado. Algo parecido com incas, que mumificavam governantes e nobres, e as múmias, chamadas de “mallquis”, eram frequentemente incluídas em festas e rituais, representando força ancestral e política, levadas para desfiles e cerimônias.
Quatorze a mais que o governo anterior.
Seu desgoverno é de caos.
Sob o slogan “União e Reconstrução”, era composto inicialmente por 37 ministérios, quatorze a mais que o governo anterior. Atualmente, conta com 39 ministérios criados, se igualando, em número de ministérios, ao segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
E não vou nem tocar no estrago tsunâmico que existe entre as quatro paredes de seu quarto…
A cena teatral do dona Marina Silva
Tudo se repete. Em 2008, também na condição de ministra do Meio Ambiente, entregou a Lula uma carta pedindo desligamento do cargo. A justificativa da ministra foi as dificuldades enfrentadas para continuar implementando a agenda ambiental em nível federal.
O tempo passou. deparamos quase duas décadas depois, no Senado Federal, com cena teatral de dona Marina Silva e o velho vitimismo seguido de um “pede desculpa ou vou me retirar”. E se retirou, mesmo…
Seu desconforto no governo e aliados muito próximos a Lula podem levar dona Marina a outro pedido irrevogável para sair da equipe. Aguardemos…
De novo, de novo, tudo se repete, dona Marina está presa num agenda internacional que não atende os interesses nacionais, principalmente dos povos indígenas e desenvolvimento do país. E claro, sua presença no Senado terminou em confusão. No início do debate e apelando pela recuperação da BR-319, estrada que liga Porto Velho a Manaus, senadores a criticaram duramente.
Ela esbravejava e tocou o braço do presidente da Comissão algumas vezes. Ah, se fosse o contrário…
“Defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a obra envolve a pavimentação de 20 quilômetros da rodovia e já rendeu críticas de ambientalistas”, registrou O Globo.
Ela destacou seu posicionamento contra a pavimentação da BR-319, reforçando a necessidade do licenciamento. Pontuou a falta de competência dos outros governos que estiveram no poder enquanto ela esteve fora do governo: “por que não fizeram?”, indagou a ministra.
Quando dona Marina saiu do governo, mas a maioria de seus sucessores, exceto no período Bolsonaro, eram de viés ideológico de esquerda.
Curtinhas
PS.: Ainda sobre dona Marina Silva. Ela voltou e como diz o youtuber Odair Del Pozzo: respeito, respeito, eu sou a garota propaganda do banco laranja! Ainda estou aqui…respeito, respeito…
PS. 02: “Marina Silva deixou a sessão depois que o líder do PSDB, senador Plínio Valério (AM), afirmou querer separar a mulher da ministra porque a primeira merecia respeito, e a segunda não. A ministra disse que só continuaria na comissão se houvesse um pedido de desculpas. Plínio se recusou. Em março, disse ter vontade de enforcar a ministra”, registrou O Globo.
PS. 03: A presença de Marina Silva no Senado terminou em confusão. Os vídeos se espalharam como rastílho de pólvora. “A senhora está atrapalhando o desenvolvimento do país,” disse o senador Omar Aziz.
PS. 04: O Senador Plínio Valério (PSDB-AM) afirmou: “A mulher merece respeito, a ministra, não”. Marina respondeu no ato: “O senhor que disse que queria me enforcar”. E completou: “Se não me pede desculpa, eu vou me retirar”. Plínio não recuou.
PS. 05: Quando se rouba de um autor, chama-se plágio; quando se rouba de muitos, chama-se pesquisa. (Wilson Mizner)
Quanto o novo IOF irá aumentar os empréstimos consignados?