Crise do IOF: O desgaste de Haddad e o alerta final ao governo Lula

Charge do Jorge Braga ( Arquivo Google)

Pedro do Coutto

A recente crise envolvendo o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) expôs fissuras significativas na articulação política e na estratégia fiscal do governo Lula. O decreto que elevou as alíquotas do IOF, publicado em 22 de maio, gerou reações negativas imediatas tanto no Congresso quanto no mercado financeiro, levando o Ministério da Fazenda a recuar parcialmente da medida no mesmo dia

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, reconheceu que a decisão foi tomada sem a devida coordenação com o Banco Central e outros setores do governo, o que contribuiu para a instabilidade gerada. A reversão parcial, que manteve a alíquota zero para investimentos de fundos nacionais no exterior, foi justificada como uma “necessidade técnica” para evitar desincentivos a aplicações financeiras fora do país .

CLIMA FAVORÁVEL – A insatisfação generalizada levou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, a afirmar que o clima no Congresso é favorável à derrubada do decreto. Ele deu um prazo de dez dias para que o governo apresente alternativas ao aumento do IOF, sob pena de o Legislativo agir para revogar a medida .

Em meio à pressão, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o governo apresentará, em até dez dias, iniciativas fiscais estruturais como possíveis alternativas ao aumento do IOF. Ele ponderou que não há solução definida neste momento.

O presidente Lula, por sua vez, saiu em defesa de Haddad durante evento de criação do assentamento Maila Sabrina, no Paraná, destacando a competência do ministro nas negociações que viabilizaram a iniciativa . Essa manifestação pública de apoio busca reforçar a coesão interna do governo em meio à crise.

ARTICULAÇÃO POLÍTICA – A situação evidencia a necessidade de o governo aprimorar sua articulação política e comunicação interna, especialmente em decisões que impactam diretamente a economia e o cotidiano da população. A falta de coordenação na implementação do decreto do IOF expôs vulnerabilidades que podem comprometer a credibilidade da equipe econômica.

Além disso, a crise ressalta a importância de o governo buscar soluções fiscais sustentáveis e socialmente justas, evitando medidas que onerem excessivamente determinados setores ou classes sociais. A discussão sobre a revisão de isenções fiscais e a implementação de reformas estruturais, como a administrativa, pode ser uma oportunidade para construir um sistema tributário mais equitativo e eficiente.

Em suma, a controvérsia em torno do aumento do IOF serve como um alerta para o governo Lula sobre os riscos de decisões unilaterais e mal comunicadas. A superação da crise exigirá diálogo aberto com o Congresso, transparência nas ações e comprometimento com uma agenda fiscal responsável e inclusiva.

12 thoughts on “Crise do IOF: O desgaste de Haddad e o alerta final ao governo Lula

  1. Não custa nada relembrar o ciclo da vida: nascer, viver, morrer. Nada de mal há em querer ter, ser feliz. apreciar a beleza, gozar a vida em tofos os sentidos. Mas é preciso ter em mente que tudo é passageiro. Lembram dos astros de Hollywood, os bonitões; lembram de nossas misses gostosas? Pois é, tudo se foi, Marias e Josés – tudo virou pó.
    Onde está Hiitler, Kadafi, Sadam Hussein?
    Portanto, se hoje os maníacos egocèntricos se acham o foco de tudo, amanhã serão putrefatos corpos retornando ao estado natural da matéria.
    (desculpem-me o baixo astral)

  2. O governo está apanhando igual boi ladrão de figuras menores do Congresso, como os presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente Hugo Motta e Davi Alcolumbre.
    A palavra real é: Refém.
    O Executivo está num labirinto, jogado lá pelo Congresso.

    O fato resulta na falta de disponibilidade dos Três Poderes de reduzirem seus gastos. Todos querem gastar a rodo. O Congresso não abre mão dos 50 bilhões das Emendas Parlamentares destinadas aos municípios sem nenhuma transparência. Qual a razão disso? Vou precisar desenhar?

    O Judiciário não abre mão de seus penduricalhos, destinados aos juízes de norte a Sul do Brasil, enquanto o trabalhador luta para se equilibrar com salários miseráveis até o final do mês. Por aí, não haverá cortes de nenhuma natureza.

    Por fim, o Executivo, preocupado em gastar, gastar e gastar, de olho nas eleições de 2026. Já disseram que gasto é vida. Sim, claro que é, mas, sem comprometer o equilíbrio entre receita e despeza.
    A crise do IOF foi um tiro no pé. Aumentar impostos sempre causa desconforto nas classes A e B, além do fato evidente, do reflexo no aumento dos preços da cadeia produtiva, que sempre são repassados pelos empresários.

    Enfim, o Brasil está numa armadilha, que os Três Poderes não conseguem destravar.

  3. Quando se coloca um analfabeto, bebum, corrupto, misógino e covarde para comandar um país, não pode dar certo. O governo Lula acaba sem ter começado.

    • Acompanho o relator., sem tirar os pontos e vírgulas….

      Por onde passam os tucanalhas-petralhas (Irmãos Metralhas-FHCorrupto-Narco-Ladrão)., é destruição na certa.

      aquele abraço

  4. Além da degradação moral, – mergulhada em toda banda com a corrupção, a extração da mais valia absolutíssim em conluio com a burguesia cleptopatrimonialista, via apropriação da riqueza pública sem contribuir com sua produção -, a assim chamada “esquerda” acha que a riqueza cai do céu.
    Assim pode dar plena vazão pro bem estar na civilização de suas oligarquias partidárias e estatais e torrar a riqueza pública com um Estado (39 ministérios inférteis) ineficiente, inefetivo, ineficaz, pra, tão somente, gerar cargos pros correligionários esbaldarem-se, sem qualquer contribuição para tirar o país do atraso.
    Neoludista, quer é obstar o desenvolvimento das forças produtivas (tão louvado por Marx) censurando as big techs, ao invés de, como a China que tirou centenas de milhões da miséria via desenvolvimento tecnológico, absorveu sua tecnologia de ponta.
    Nossos “progressistas” são o que há de mais reacionário, atrasado, extemporâneo, retroutópico, cuja única ação é o delírio masturbatório de sua realidade paralele.

    São pueris que brincam, no mundo etéreo, de revolucionar tudo, tal como uma revolução intestinal depois de uma feijoada. Vide a manutenção e aprofundamento dos nossos problemas estruturai advindos da República Velha: paternalismo, clientelismo, patrimonialismo, atraso tecnológico, manutenção de um dócil Exército Industrial de Reserva com as esmolas, digo “programas sociais”, falta de qualquer projeto de desenvolvimento, corrupção.

    O puxa-saco do Rei, ao invés de explicar pro beócio, que é preciso ter dindim pra poder gastar, fica nesta aí de impor mais sacrifício pra população, notadamente os mais pobres, vítimas de impostos não regressivos, dizendo defende-los.

    Taí o tal Haddad admitindo que quebraram de novo o Estado. E vão sempre o fazer, dado o dogma de que riqueza cai do céu e é inesgotável.

    https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2025/05/29/haddad-diz-que-nao-ha-no-momento-alternativas-a-elevacao-da-aliquota-do-iof.htm

    Bando de imprestáveis.

    • Ainda bem que não atinge os pretos, brancos pobres favelados donas de casa velhinhos aposentados…

      Que se danem as empresas…, elas que serão atingidas..

      Como diz a ecomunista imortal Múmia Lixão, ‘veja como ísso é bom”, tirar dos empresários para dar aos pobres…

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