Elon Musk disse “adeus” ou apenas um “Até breve” ao governo Trump?

Musk participa de ligação de Trump com Zelenskiy, da Ucrânia, em sinal de prestígio

Musk deixa o cargo, mas a política de cortes continuará

Wálter Maierovitch
do UOL

Para os inimigos, o bilionário Elon Musk não voltará ao governo Donald Trump nunca mais. Dentre os seus mais poderosos inimigos destacam-se Marco Rubio, secretário de Estado, e Scott Bessent, do Tesouro. Nos escalões mais baixos, centenas de burocratas foram resistentes às transformações impostas por Musk, que nunca havia operado ou conhecido o serviço público.

Sem atingir a meta prometida de cortes e postos, Musk deixou sexta-feira o Departamento para Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês). Em seu discurso de agradecimento, o presidente Donald Trump ressaltou que o departamento continuará atuante, mas sem Musk

FESTA NO SALÃO OVAL – Musk teve direito a despedida calorosa de Trump, no Salão Oval. Ganhou uma simbólica e dourada chave de ingresso à Casa Branca.

Para os despeitados, foi um ” enterro de luxo”. Os desafetos preferiram o termo ” divórcio”, como quebra definitiva de vínculo.

Os inimigos de dentro da administração Trump lembraram que os cortes de US$ 2 trilhões prometidos não chegaram à metade dessa meta. Musk culpou a burocracia enraizada na administração e nos órgãos públicos pela dificuldade em atingir reduções mais altas.

USO DE DROGAS – O espetáculo da despedida na Sala Oval teve um ingrediente amargo. É que o jornal The New York Times voltou ao tema das drogas proibidas usadas pelo bilionário.

Para fugir da depressão, Musk utilizou, em especial na campanha presidencial, a cetamina (potente droga psicoativa empregada ilegalmente na dopagem de cavalos de corrida) e outras, igualmente proibidas e também estimuladoras do sistema nervoso central.

Uso de droga é uma questão pessoal, mas, no mundo conservador e da direita extremada, não é aceito. Principalmente se esse uso for feito por ocupantes de função pública. E isso tudo em um momento em que Trump usa o tráfico e o uso de drogas ilícitas para promover deportações.

TRIO MÁGICO – Com tantas confusões na guerra comercial de tarifações, nas vacilações a respeito da guerra da Ucrânia, para muitos analistas é impossível o governo americano deixar de contar hoje com o chamado trio mágico, três empresários considerados prodígios da era da tecnologia digital: Musk, Peter Thiel, confundador do PayPal, e Marc Andeessen, da Andreessen Horowitz.

Musk fornece mísseis, astronaves, satélites, comunicações para CIA, Pentágono e NASA. Andrerssen, por sua vez, é fundamental a Trump na tentativa de mostrar musculatura à China, no campo da Inteligência artificial. Quanto a Thiel, tornou-se chave nos serviços secretos de defesa dos EUA.

Em síntese, Trump conquistou, para surpresa de muitos, os talentos do Vale do Silício, E a tecnologia disponibilizada por Musk fez Trump ganhar a eleição até mesmo em zonas dominadas por democratas.

Apesar do desgaste na relação, tudo leva a crer que o bilionário deu apenas um ‘até breve’ a Trump.

2 thoughts on “Elon Musk disse “adeus” ou apenas um “Até breve” ao governo Trump?

  1. Diz a sabedoria popular brasuca que “dois bicudos não se beijam”, no caso, ambos são especialistas em ganhar dinheiro, aliás, loucos por ganhar dinheiro, até parecem contagiado pela doença da malandragem brasuca que é levar o máximo de vantagem em tudo o tempo todo, o menor investimento pelo lucro maio, mas de política não entendem coisa nenhuma,até por isso preferiram o caminho da loucura financeira, sem noção de que a doença norte-americana é a mesma do Brasil que atente pelo nome de plutocracia putrefata com jeitão de cleptocracia e ares fétidos de bandidocracia, fantasiada de democracia apenas para ludibriar a crédula e tola freguesia, copiada dos EUA pelo Brasil mal e porcamente, com a diferença que Tio Sam desenvolveu a seu favor a supremacia do dólar, uma bomba-relógio gigantesca, que o manterá vivo enquanto continuar sendo comprado em profusão pelo mundão debiloide à moda papel pintado sem lastro a preço de ouro, daí o descuido quanto a produção nacional norte-americana posto que vender papel pintado aos trilhõe$ para o mundão babacão tornou-se o seu negócio mais interessante. Finalizando, é claro que não se trata de uma adeus de Musk que, tudo indica, sonha e até delira em voltar ao governo, mas com ele na presidência. E quem viver verá, tempo ao tempo, a conferir… E quanto o remédio para a doença norte-americana é o mesmo para a doença brasuca, tal seja a Democracia Direta, com Meritocracia e Deus na causa, o remédio certo, na hora certa, na dose certa, para os doentes certos, superados pela China sadia, operosa, inteligente e sábia, que não hesitou em se reinventar na hora certa sob a batuta dos dirigentes certos… https://www.tribunadainternet.com.br/2025/06/01/elon-musk-disse-adeus-ou-apenas-um-ate-breve-ao-governo-trump/#comments

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