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Freire Gomes apoiava o golpe, se houvesse fraude eleitoral
Bernardo Mello Franco
O Globo
Em interrogatório no Supremo Tribunal Federal, Mauro Cid afirmou que os acampamentos de bolsonaristas que pediam golpe em frente aos quartéis “sempre tiveram apoio tácito do Exército”.
O tenente-coronel acrescentou que os acampamentos passaram a ter um “apoio mais formal” a partir de 11 de novembro de 2022. Naquela data, os três comandantes militares divulgaram nota oficial em defesa da “liberdade de reunião”.
RELAÇÃO AMBÍGUA – A fala de Cid expõe a relação ambígua do general Freire Gomes e da antiga cúpula do Exército com a trama golpista.
Excluído da denúncia da Procuradoria-Geral da República, o ex-comandante Freire Gomes tem buscado se apresentar como um oficial legalista, que sempre teria resistido a ideias de ruptura.
Mas o depoimento de Cid lembra que o então comandante permitiu, por ação ou omissão, que os acampamentos se multiplicasem pelo Brasil após a derrota de Jair Bolsonaro. O maior deles, em frente ao Quartel-General em Brasília, foi o ponto de partida para os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
TROCA DE COMANDO – Embora hoje seja mal visto pelos bolsonaristas mais radicais, Freire Gomes se recusou a esperar a posse do presidente Lula para participar da cerimônia de troca de comando do Exército.
No mês passado, ao ser ouvido pelo Supremo Tribunal Federal como testemunha, o general negou que tenha ameaçado prender Bolsonaro caso o plano golpista fosse levado adiante.
“A mídia até reportou aí que eu teria dado voz de prisão ao presidente. Não aconteceu isso de forma alguma”, afirmou.
Bernardo Mello Franco, já pegou o pixuleco de “direito” ?
Mas haveria ainda alguma dúvida quanto a isso?
Se tivesse havido fraude o Golpe não seria golpe,mas sim a defesa de eleições legais!