Bem feito! Bolsonaro será condenado pelo que não fez, mas ai de nós

Jair Bolsonaro no interrogatório conduzido por Alexandre de Moraes no STF -- Metrópoles

Bolsonaro será condenado por planejar um golpe que não houve

Mario Sabino
Metrópoles

Pelo que entendi, então, a “trama golpista” era só a pior das intenções. Jair Bolsonaro não tentou dar um golpe, apenas cogitou dar um golpe, inconformado com a derrota nas urnas que julga fraudulentas e com a negativa do TSE ao recurso do PL que pedia a anulação de uma montanha de votos dados a Lula.

Ao cogitar dar um golpe, ele queria seguir pelo caminho de decretar o estado de sítio, o estado de defesa, uma GLO apimentada, seja o que for, e examinou um texto padrão que estão chamando de “minuta do golpe”.

COM OS MILITARES – Bolsonaro convocou os milicos para apresentar a sua ideia. Disseram a ele algo como “olha, chefia, não pode usar instrumento constitucional para ferir a Constituição, não”. Não dava para bancar o João Goulart.

Sem a milicada, não tinha como dar golpe, Jair Bolsonaro não assinou decreto nenhum, mas aí havia meia dúzia de aloprados que achavam que daria para tocar a coisa adiante mesmo assim e começaram a fazer o que aloprados fazem: aloprar.

Até que aquele monte de gente biruta que estava reunida na porta dos quartéis resolveu fazer terrorismo na Praça dos Três Poderes, não porque queria dar golpe, mas porque não haveria golpe nenhum e ficou revoltada. Os aloprados acreditaram que até daria para entusiasmar os milicos, mas nada feito.

SEM LIGAÇÃO – Pelo que entendi, também, depois de um ano e meio de investigações, não surgiu um indício que ligasse diretamente Jair Bolsonaro ao 8 de janeiro. Uma ordem, uma senha, uma emissão de energia cósmica. Eu esperava que o procurador-geral da República esfregasse uma prova qualquer na cara do homem, e foi só decepção.

O que o sujeito fez foi inspirar os birutas com as suas diatribes contra as urnas eletrônicas, mas sem ser exatamente um Jim Jones. Após inspirar essa gente toda, ele estava nos Estados Unidos, morrendo de dor de barriga.

Jair Bolsonaro será condenado pelo que não fez no país que inocenta quem faz, e é até engraçada a tentativa da imprensa de criar algum suspense sobre o resultado do julgamento. Sabe do que mais? Bem feito para ele. Jair Bolsonaro que se dane. Mas ai de nós, que temos de enfrentar os precedentes da nova democracia brasileira.

6 thoughts on “Bem feito! Bolsonaro será condenado pelo que não fez, mas ai de nós

  1. Jair Bolsonaro será condenado pelo que não fez no país que inocenta quem faz, e é até engraçada a tentativa da imprensa de criar algum suspense sobre o resultado do julgamento

    Combinaram o desfecho com os caminhoneiros ?

  2. Bolsonaro é um inocente inútil, que achou que poderia fazer gracinha pra Organização Petista, desreconhecendo, ou o fingindo, que se trata de uma trupe sem qualquer resquício de moralidade, caráter, civilidade, empatia, alteridade e escrúpulo.

    Fora eleito pra derrotar a horda, pós Lava Jato, mas, o que fez?

    Foi um dos assasinos da Lava Jato:

    https://www.bbc.com/portuguese/brasil-54472964

    Fez coro com os petistas contra o “torturador e criminoso Moro” que, até agora não foi indciado. Falsa acusação ou prevaricação?:

    https://veja.abril.com.br/coluna/radar/o-que-une-petistas-e-bolsonaristas-contra-sergio-moro/

    Deu as mãos pros petistas pra passar pano pra corrupão:

    https://www.youtube.com/watch?v=jDN1tt_0wcY

    Não aprendeu nada com o tucanato, que comeu milho nas mãos dos sujeitos e saiu com as asas chamuscadas.

    Terá seus Cadernos ou Memórias do Cárcere?

  3. Bolsonaro: da arrogância e valentia à subserviência e pusilanimidade

    O interrogatório do Bolsonaro não surpreendeu ninguém. Sem maiores atributos intelectuais, ele se desnudou. Foi evasivo, foi inseguro, foi pusilânime, menosprezou os seus apoiadores mais fanáticos, desdenhou de muitos fatos comprovados e tentou até fazer ‘gracinha’.

    Referiu-se ao ministro relator que o interrogava, em claro desespero, de uma maneira subserviente e covarde.

    Ele, que agrediu fortemente o ministro em diversas circunstâncias, que aprovou um plano para matá-lo e que, ao alterar o decreto do golpe, manteve uma absurda e inconstitucional hipótese de prisão do ministro Alexandre, rebaixou-se, humilhou-se e rastejou durante o embate cara a cara.

    Não deu pena, deu asco da falta de atitude minimamente digna de alguém que já foi presidente.

    Bolsonaro rastejou e se humilhou, certamente massacrado pelo peso da certeza dos seus atos criminosos.

    A fraqueza de Bolsonaro. Creditou a sua agressividade verbal –ao atacar ministros, instituições e a própria Democracia– a um “temperamento” que sempre o caracterizou.

    Chegou a afirmar que foi esse jeito tosco, ignorante, vulgar e bruto que o levou a ser vereador, deputado federal por 28 anos e presidente.

    Ou seja, para que mudar, evoluir e ser educado se tem milhões de eleitores que gostam do fato de ele ser misógino, racista, fascista, agressivo, dado a palavrões e a agressões diversas? Essa defesa pessoal desnudou quem é Bolsonaro.

    Demonstrou que, ao mesmo tempo em que hoje despreza quem o apoiou, quando falou dos seus seguidores que ficavam na porta dos quartéis e que contribuíram financeiramente e como massa de manobra, também usou e abusou da ignorância e desinformação das pessoas para alimentar seus intentos golpistas.

    Esse talvez seja o ponto que mais impressionou no interrogatório. Ele confessou o crime em diversas afirmações, talvez sem perceber que estava confessando. Ele se colocou na coordenação da organização criminosa durante os atos golpistas. Tudo isso servirá para sustentar uma condenação vigorosa e técnica.

    O que o Bolsonaro confessou extrapola a autoria dos fatos criminosos. Ele expôs, de maneira cruel e que provocou certo asco, quem realmente ele é. A punição o levará à cadeia. A exposição da personalidade dele, que ele próprio fez, vai levá-lo ao lixo da história.

    O processo penal -do grupo chamado crucial- deverá ser julgado em setembro. E a condenação é inexorável, com penas que devem ser fixadas de 28 a 30 anos de cadeia.

    Fonte: Poder360, Opinião, 13.jun.2025 – 5h51 Por Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), advogado criminal.

  4. Uma inútil e grande farsa repleta de narrativas e criatividade tentando mostrar um crime impossível. O país precisa sair dessa. O viés ideológico reiterado em cada linha provoca cegueira prejudicando a análise e imparcialidade e, lógico, produzindo besteiras de todo tipo.

    Na Câmara dos Deputados, um deputado cobrou anulação da delação de Mauro Cid: “Fajuta e mentirosa”.
    Para o parlamentar, a medida só está trazendo “injustiças”. São trapalhadas sobre trapalhadas, atropelos que ferem ampla defesa e contraditório, coisas de desanimar acadêmicos de direito e ruborizar causídicos.

    O ministro do STF, Luiz Fux, num dado momento do processo questionou o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, sobre a quantidade de depoimentos feitos durante sua delação premiada no processo que apura suposto “plano de golpe de Estado” após as eleições de 2022.

    Transferência no Comando de Forças

    Essa é uma constatação fundamental. A passagem de função das Forças se deu ainda no Governo Bolsonaro
    Eis aqui um dado importante. Bolsonaro nomeou o comandante do Exército escolhido por Lula. Das três Forças, duas foram transmitidas antes da posse de Lula.

    O que configura o crime de golpe de Estado? Existem muitos exemplos mundo afora, mas em nenhum deles a tentativa de depor ocorre com baderneiros, sem presença militar e material bélico.
    Houve vandalismo na Esplanada, lógico que houve, e coisa muito parecida com as arruaças do PT e MST, mas tudo passou muito longe da narrativa fajuta e mentirosa de golpe de Estado.

    Curtinhas

    PS. : Ninguém solta a mão de ninguém. O General G Dias que o diga, tomou Doril e sumiu…Ele foi ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), entregou seu cargo, em meio ao vazamento de imagens de câmeras de segurança onde ele aparece interagindo com pessoas que invadiram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
    Pode isso, Nicolau?

    PS. 02: As imagens reveladas pela CNN Brasil mostram Dias caminhando no terceiro andar do Palácio do Planalto e conversando com invasores. Aparentemente ele está mostrando a saída de emergência aos invasores. Outros funcionários do GSI aparecem dando água para alguns dos invasores.
    Conta-se a “boca miúda” que advogados de defesa tentaram junto aos canais competentes ouvi-lo como testemunha, mas o General G Dias desapareceu do mapa…

    PS. 03: COVARDIA CONTRA APOSENTADOS. Denúncia na PGR aponta conluio em interferência de Lula na investigação do roubo do INSS.

    PS. 04: “Lula pede que STF impeça ações de vítimas do INSS”, foi o título do vídeo de José Nêumanne Pinto em seu Canal do YouTube.

    PS. 05: O general Júlio Cesar de Arruda foi nomeado pelo presidente Bolsonaro para assumir o comando do Exército de forma interina a partir de 30 de dezembro. O nome de Arruda foi indicado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para comandar o setor das Forças Armadas no novo governo.

    Uai, isso num tá parecendo golpe não…

    PS. 06: “Piada não é opinião e Risada não é Aprovação”, resumiu o ator Cláudio Manoel interprete do personagem Carlos Maçaranduba no programa “Casseta & Planeta, Urgente!”.

    Fonte:

    https://www.cnnbrasil.com.br/politica/pf-nao-fez-upload-de-todas-as-provas-diz-defesa-de-bolsonaro-entenda/

    https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/denuncia-na-pgr-aponta-conluio-em-interferencia-de-lula-na-investigacao-do-roubo-do-inss

    https://www.cnnbrasil.com.br/politica/fux-questiona-por-que-mauro-cid-prestou-tantos-depoimentos-no-caso/

    https://www.cnnbrasil.com.br/politica/bolsonaro-nomeia-comandante-do-exercito-escolhido-por-lula/

  5. Uma prova consiste em esfregar na cara do mentiroso a verdade pura inconteste.
    Missão em andamento, esfregar na cara de Bolsonaro uma prova contundente, ainda não conseguiram. Pescando em águas turvas o procurador quis saber do major brigadeiro sobre as tropas que estariam à disposição, não deu para esfregar na cara, o brigadeiro era da reserva, não tinha comando e não tinha tropa, era somente um professor do ITA.
    Já estou ficando enjoado desses esfregadores e dos carregadores de penicos para honra e glória de seu suserano ladrão.
    A mentira e as narrativas como forma de governança inescrupulosa:
    Do Claudio Humberto.

    Cláudio Humberto

    O colérico ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse na Câmara tantas barbaridades, há dias, que economistas e educadores financeiros tão populares quanto respeitados, nas redes sociais, como Fernando Ulrich, gravaram vídeos demolindo cada uma delas. Haddad, desinformado, chegou a chamar de “calote nos governadores” o corte de impostos e no preço dos combustíveis por Bolsonaro, em 2022, mitigando impactos da guerra da Ucrânia. O ministro de memória curta disse outros desatinos.

    Clique aqui e veja o economista Fernando Ulrich demolindo as lorotas de Haddad.

    Decisão do STF

    Haddad diz que Bolsonaro aplicou “calote nos precatórios”. Fake news. O pagamento de R$95 bilhões foi adiado em 2022 por decisão do STF.

    Aí tinha coisa

    O STF atendeu pedido do governo Lula (com Haddad), em 2023, para pagar precatórios de R$100 bilhões, mas fora do limite de gastos.

    Viva a Eletrobras

    Outra lorota é que a Eletrobrás “foi vendida na bacia das almas”. Livre dos roubos petistas, a empresa hoje vale muito mais. E agora dá lucro.

    Dividendo é direito

    Haddad diz que a Petrobras foi “depenada” por pagar dividendos. Fake. Essa remuneração é devida aos acionistas. Mas só quando dá lucro.

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