
Bolsonaro começa a entender que Tarcísio vence Lula
Pedro Augusto Figueiredo
Estadão
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) que está disposto a apoiá-lo como candidato a presidente na eleição de 2026 em uma chapa que teria como vice a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
A informação circula entre membros do primeiro-escalão do governo paulista e parlamentares de direita. Pelo menos dois interlocutores de Tarcísio confirmaram a informação. Outro reforçou ao Estadão que a possibilidade da chapa Tarcísio-Michelle “esquentou” nos últimos dias.
ASSESSORIA NEGA – A assessoria de imprensa do governador negou que tenha havido sinalização de Bolsonaro e disse que Tarcísio é candidato à reeleição. Procurada, a assessoria de imprensa do ex-presidente não se posicionou. O espaço segue aberto.
O advogado Fabio Wajngarten, que faz a intermediação de Bolsonaro com a imprensa, disse que está focado no caso do ex-ministro Gilson Machado (PL), preso preventivamente nesta sexta-feira, 13, sob a suspeita de ajudar o tenente-coronel Mauro Cid a planejar uma fuga do Brasil.
Segundo pessoas com trânsito entre ambos, o plano traçado é que Bolsonaro dê à bênção pública ao governador somente na reta final do prazo de desincompatibilização, em abril de 2026, para não perder força política em meio ao processo que enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF).
MENOS DESGASTE -Na outra ponta, a estratégia também beneficiaria Tarcísio, evitando o desgaste de se colocar como candidato cedo demais.
Um interlocutor que conversa com o governador periodicamente disse ao Estadão que o tom dele mudou. Há alguns meses, segundo essa fonte, Tarcísio era taxativo de que não iria disputar o Palácio do Planalto, possibilidade que passou a admitir recentemente.
Um dos argumentos utilizados por Tarcísio no final de abril para rechaçar a candidatura a Presidência era a falta de garantia de que teria o apoio de Bolsonaro.
NO PALÁCIO – Bolsonaro ficou hospedado no final de semana anterior na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, onde mora Tarcísio, para se preparar para o depoimento à Primeira Turma do STF na ação da tentativa de golpe.
O ex-presidente e o governador estarão juntos novamente na próxima terça-feira, 17, quando participam de uma feira agropecuária em Presidente Prudente (SP).
Tarcísio tem repetido publicamente que não é candidato, mas tem dado sinalizações que pode embarcar na disputa presidencial.
PROGRAMAS SOCIAIS – Ele lançou recentemente um programa de combate à pobreza que classificou como “mais amplo” do que o Bolsa Família, marca associada ao PT, tem feito críticas à política econômica do governo Lula e há 20 dias afirmou ao lado de diversos caciques do Centrão que o “grupo estará unido, tem projeto para o Brasil e vai fazer a diferença”.
Na mesma ocasião, a filiação de Guilherme Derrite ao PP, o presidente do partido, Ciro Nogueira (PP), declarou que o País chamará Tarcísio de presidente “muito em breve, ou agora ou em 2030″.
O dirigente disse que defenderá Derrite como candidato a governador se essa hipótese se concretizar no ano que vem — o evento de filiação foi lido por bolsonaristas como lançamento da pré-campanha de Derrite ao governo de São Paulo.
NÃO HÁ DÚVIDA -Embora ainda não haja uma sinalização pública do governador, nos bastidores a avaliação de parte dos aliados é que que a dúvida não é mais se Tarcísio é candidato a presidente, mas quem disputará a eleição paulista como seu sucessor.
O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB) e o secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), também estão no páreo.
Essa avaliação, porém, não é unânime, já que outra ala de aliados ainda enxerga o cenário como indefinido diante da possibilidade de Michelle encabeçar a chapa ou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro(PL), que tem manifestado intenção de representar o pai na eleição presidencial.
Que pobreza!
Mas vale tudo,para impedir a eleição do Lula!!!
O campo tá limpo. Do lado da pseudo-esquerda só tem a múmia Lula.
Infelizmente não temos ninguém que possa fazer alguma diferença, como o Milei na Argentina.
Aliás, alguem notou que saiu Bolsonaroce entrou Lula?
Uma dobradinha Tarcísio/Ciro poderia dar uma pimentadinha no bó.
Esta fórmula Isabelita Peron tende ao desastre.
A chapa vai deixar as Vestais alucinadas de raiva.