Enfim, temos algo a festejar: os baixos índices de aprovação do governo Lula

Lula diz não descartar medida 'mais drástica' para baixar o preço dos alimentos | Política | G1Duarte Bertolini

Impressionante a autoimolação absorvida, praticada com denodo e afinco pelo brasileiro. O conceito universal de abismo, deverá ser revisto, pois o brasileiro o desmoralizou.

Quando pensamos que estamos num nível de fundo do poço, lá vem mais uma ação e descobrimos que o fundo é bem mais embaixo.

PALAVRA DE ORDEM -Se pudéssemos fazer um plebiscito pela palavra de ordem, ditado ou verdade popular que melhor represente o Brasil, eu, certamente votaria em: “Nada está tão ruim que não possa piorar”.

Durante 40 anos cuidamos com carinho, dedicação e relevância dos pecados de uma frágil flor nascida dos meios sofridos dos trabalhadores, das elevadas crenças cristãs e das cicatrizes de uma ditadura, que com sua pureza e exuberância poderia nos redimir de séculos de opressão e descaminhos, o nascituro Partido dos Trabalhadores e seus líderes.

Mas como desde sempre dizem os mais velhos, nada como um dia após o outro.

PROSTITUIÇÃO – A virgindade das vestais petistas foi se maculando e a legenda se prostituía, à medida que ultrapassava os degraus de poder. O PT foi se tornando um partido cada vez mais corrompido.

As máscaras das ações utópicas e a pura bravata do bem contra o mal ocultaram por décadas a verdadeira face destes falsos arautos da igualdade e da justiça social.

Os mais velhos dizem também que um dia verdade aparece, e quando surgiu foi de forma avassaladora, que estabeleceu em grande parte da população dois sentimentos distintos mas complementares.

CAINDO NA REAL – Alguns lembravam as advertências, dizendo terem avisado que o PT era “um grupo de vagabundos picaretas, vestidos de vermelho e com lábia aguçada”, enquanto outros exibiam um desencanto profundo, um arrependimento dilacerante e a busca quase impossível de alternativas ao desastre e fim das esperanças e ilusões.

Eis que a junção dessas duas posições produziu a aceitação de um novo personagem, muito mais meteórico e sem quaisquer embasamentos, mas parecia ser a única alternativa. E assim o folclórico candidato transformou-se em esperança e rapidamente em pesadelo.

Diante dessa nova armadilha, o que fazer? Imperioso era evitar a consolidação desta face obscura e medieval que havíamos consciente ou ingenuamente despertado.

EM RETROCESSO – De repente, todos os sapos poderiam ser engolidos e aí… voltamos ao detento barbudo, atropelando os mais básicos princípios de justiça e moralidade.

Alguns talvez não tenham se apercebido no momento, mas certamente muitos o sentiram depois. Estávamos baixando perigosamente e talvez irresponsavelmente a régua de moralidade e capacidade dos homens e grupos que escolhíamos para nos conduzir.

Ora, se Lula foi preso e para se contrapor buscamos Bolsonaro e depois para se contrapor a este buscamos aquele que havia sido destituído e preso, obvio que estávamos nos rebaixando e aceitando o buraco como moradia de nosso futuro.

SENSO COMUM – Mas agora, quando a tragédia anunciada se concretiza, o que o senso comum (entendido como ruidosa maioria) quer fazer? Colocar no trono aquele mesmo que tiramos há pouco como sendo uma trágica opção? E que futuro poderá nos dar?

Uma concessionária de pedágios aqui do Sul usava como jargão comercial o seguinte: “Se seguirmos sempre os mesmos caminhos, chegaremos, no máximo, onde sempre chegamos”.

Então, senhores, têm razão os biólogos e zoólogos quando dizem que “o homem é o único animal que cai duas vezes na mesma armadilha”.

ESCOLHAS TRÁGICAS – As pesquisas nos mostram a tragédia de nossas escolhas sabidamente equivocadas.

Repetir o erro faria o Brasil desmoralizar não só o conceito de abismo, mas também os de ignorância e imbecilidade generalizada.

Então, vamos comemorar os baixos índices de aprovação de Lula, por indicar que podemos evitar nova constatação trágica e ainda nutrir esperanças de encontrar uma saneadora terceira via.

10 thoughts on “Enfim, temos algo a festejar: os baixos índices de aprovação do governo Lula

  1. “Então, vamos comemorar os baixos índices de aprovação de Lula, por indicar que podemos evitar nova constatação trágica e ainda nutrir esperanças de encontrar uma saneadora terceira via.” Kkkk… taí mais um belo texto que, infelizmente, desagua no velho lugar comum, na repetição das me$ma$ coisa$ coiso$ esperando resultado diferente, daí as frustrações e mais frustrações, perda de tempo e tempo perdido. O fato é que sofismas não levam a lugar novo e alvissareiro nenhum, porque tudo termina em mais dos me$m$: 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª… dos me$mo$, que têm como top de linha, por ora, Lula e Bolsonaro, na verdade a polarização naus expressiva e mais radical até hj apresentada pela plutocracia putrefata com jeitão de cleptocracia e ares fétidos de bandidocracia, fantasiada de democracia apenas para ludibriar a tola freguesia, imposta há 135 aos ao Brasil e ao povo brasileiro pela república do militarismo e do partidarismo, politiqueiro$, e seus tentáculos velhaco$ (imprensa falada, escrita e televisionada a bordo), que há 35 anos tem como contraponto apenas a Revolução Pacífica do Leão, com projeto próprio, novo e alternativo de política e de nação, que mostra o novo caminho para o novo Brasil de verdade, confederativo, com democracia direta, meritocracia e Deus na Causa, que flerta com as abstenções e os votos em branco e nulos que em número de eleitores há várias eleições tem derrotado todos os candidatos do continuísmo da mesmice dos me$mo$, de modo que se tivesse pelo menos um partido à disposição do fato novo de verdade, para quebrar o bloqueio da ditadura partidária, dona do monopólio eleitoral, a história do Brasil já seria outra que não apenas continuarmos malhando em ferro frio a vida toda para que os operadores da velha plutocracia malandra morram de velhos no poder, mamando à beça, legando-as aos seus descendentes depois de mortos… .

  2. Não caímos duas vezes na mesma armadilha, só com o bandido PT, são cinco vezes. E, convenhamos, o governo do Ódio com toda a pandemia foi muito, mas muito melhor, do que o do Amor.

  3. Ainda não são níveis para serem comemorados.

    25% por cento de aprovação pra quem está destruindo as finanças públicas e a Economia, aliando-se ao que há de mais bárbaro nas relações internacionais, sem qualquer ganho pro país, antes nos colocando em situação vexaminosa, sem qualquer ação pra atacar nosssos problemas sociais, querendo nos manter na Era da Máquina de Escrever, curtindo sua aposentadoria com todas as mordomias aposentado da Presidência, é muito demais.

    ___________

    Quem diria que a tal “esqerda progressista” chegasse a um nível tão baixo, apoiando ditaduras e grupos terroristas bárbaros, medievais, selvagens, desumanos, misóginos e homofóbicos.

    Fingindo ir apoiar o povo palestino, e não o Hamas que oprime este povo, foram experimentar a alternativa à “Democracia burguesa supremacista machista branca ocidental”.

    https://youtube.com/shorts/WTAN2uMQ72Q

    Chamados de jihadistas pelos próprios muçulmanos, que não toleram bárbaros medievais terroristas.

    E vão sempre assim, tomando choques de realidade, mas o reacionarismo, delírio dogmático superticioso, pensamento metafísico alienado, não os f´fa´r acir da sua realidade paralela.

    Estes pilantras, dando uma de humanitários, defensores do povo e da Democracia, na ralidade são os seus assaltantes por onde governam.

    https://pt.euronews.com/my-europe/2025/06/12/relatorio-aponta-para-manipulacao-eleitoral-e-corrupcao-no-psoe

    https://veja.abril.com.br/brasil/lider-da-oposicao-quer-derrubar-decreto-de-lula-que-deu-assentos-para-a-contag-no-consea/

    Antisemitas, não precisamos ressuscitar Hitler. Putrefação moral, civilizacional e temporal irreversível.

  4. O ‘Bolsa Família dos ricos’ é de R$ 860 bilhões; quatro vezes maior que o dos pobres

    O governo tenta tributar setores beneficiados por isenções fiscais que não fazem mais sentido, combater a sonegação e a elisão, mas a questão fiscal é mais complexa, depende da implantação da reforma tributária, do redirecionamento das despesas públicas e da melhoria da qualidade da administração pública.

    E há ainda uma forte reação dos setores afetados pelas novas medidas, entre os quais o agronegócio, a construção civil e as bets. Todos os setores que perderiam isenções fiscais fizeram lobby para pressionar o Congresso.

    Discursando em Mariana (MG), Lula interrogou a plateia: Vocês sabem quantos bilhões a gente dá de isenção para os ricos desse país que não pagam impostos? R$ 860 bilhões. É quatro vezes o Bolsa Família. O que a gente dá para eles é investimento, o que a gente dá para vocês é gasto”, exemplificou.

    Negócios ou bem comum

    Lula precisa combinar com deputados e senadores. Nos bastidores do Congresso, pode-se dizer que a “política como negócio” engoliu a “política como bem comum”. Os dois conceitos são do filósofo e sociólogo alemão Max Weber, numa palestra célebre de 1919: “A política como vocação”.

    A política do bem comum é pautada pelo idealismo, voltada ao interesse público e à responsabilidade. O político age comprometido com causas coletivas, guiado por uma vocação no sentido quase religioso ou pela ética da responsabilidade.

    A política como negócio, para Weber, porém, também faz parte do jogo, é inerente à democracia e ao capitalismo. É praticada como forma de ganhar a vida, buscar poder ou benefícios pessoais, faz da política uma profissão lucrativa ou meio de acesso a privilégios. Sua ética é determinada pelos objetivos, pela convicção, e não pela legitimidade dos meios.

    Hoje, como se sabe, a política como negócio é amplamente majoritária no Congresso, mas somente a turma do agronegócio põe a cara na reta e assume essa condição. A maioria dos nossos políticos diz que defende o bem comum. Será?

    Fonte: Correio Brasiliense, Política, 13/06/2025 – 08:10 Por Luiz Carlos Azedo

  5. O que fazer é fácil dizer. O como fazer é o complicado

    Quem será o escolhido para substituir Lula? Um pior?

    Falam sempre em déficit fiscal, que o governo do país deve cortar na própria carne. Mas carne de quem? Eis uma pergunta que muitos não ousam responder, porque sempre é mais do mesmo. Sacrifício dos de sempre.

    E o articulista do texto, o que pensa? Quem ele sugere como presidente do país que tenha ideias de melhorar a vida da maioria?

    • Com o congresso que lá está sempre pior a cada nova eleição, inimigo da verdade e da cosia certa a ser feita, nem Deus resolve a parada .

  6. O escândalo das fraudes no INSS estourou há 52 dias.

    Até agora ninguém sabe quanto e nem quando será devolvido o dinheiro surrupiado dos aposentados.

    O governo Lula só começará a sair das cordas depois de pagar o que foi roubado e punir os larápios, segundo pesquisa.

    54% dos entrevistados acham péssima ou ruim a atuação de Lula em relação às denúncias de fraudes no INSS.

    Fonte: O Globo, Política, 15/06/2025 05h40 Por Lauro Jardim

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