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Flávio em mais apoio entre bolsonaristas do que Tarcísio
Luis Felipe Azevedo
O Globo
A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta terça-feira, aponta que o senador Flávio Bolsonaro, pré-candidato do PL à Presidência, tem maior apoio entre o eleitorado bolsonarista do que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A análise foi realizada a partir da comparação da intenção de voto em possíveis cenários de segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem a intenção de voto de 90% da parcela do eleitorado que se diz bolsonarista (erram 88% em agosto deste ano), grupo que representa 12% dos entrevistados. Já o governador alcança 73% do campo (eram 67%) num cenário de segundo turno contra Lula.
REJEIÇÃO – Além disso, a rejeição de Tarcísio entre os bolsonaristas é de 51%, enquanto 44% dos que o conhecem dizem que votariam nele. Outros 5% afirmam não conhecê-lo. A rejeição é mais que três vezes maior do que a de Flávio (15%). Quatro a cada cinco bolsonaristas (78%) afirmam que votariam no senador, e 7% não sabem quem ele é.
Considerando o eleitorado como um todo, Lula venceria hoje em todos os cenários de segundo turno. Contra Flávio, o petista teria 46% (eram 48% em agosto, quando o nome do senador foi testado pela última vez) contra 36% do filho de Bolsonaro (eram 32% em agosto).
Tarcísio de Freitas, por sua vez, aparece agora em maior desvantagem frente a Lula (45% a 35%) tanto na comparação com a última rodada da pesquisa (41% a 36%), realizada em novembro, quanto com o levantamento de agosto (43% a 35%), último que testou o nome de Flávio.
REJEIÇÃO A FLAVIO – Apesar de aparecer bem posicionado na pesquisa e entre bolsonaristas, Flávio enfrenta rejeição maior que os outros nomes do campo colocados na disputa quando considerado o eleitorado como um todo. Somam 60% os eleitores que dizem conhecê-lo e que não votariam nele. Esse índice é de 54% para Lula e de 47% para Tarcísio, que tem taxa de desconhecimento maior que os dois rivais (de 28%). A rejeição a Ratinho Júnior (39% o conhecem e não votariam nele), Zema (35%) e Caiado (40%) também é menor.
Além disso, 54% dos eleitores defenderam que Bolsonaro errou ao indicar o filho como pré-candidato à Presidência, enquanto 36% dizem que o ex-presidente acertou na escolha. O percentual é mais alto entre lulistas (78%) e eleitores de esquerda, mas não lulistas (71%), mas chega a 56% entre os eleitores independentes. Entre eleitores da direita não bolsonarista, 38% consideram que Bolsonaro não deveria ter indicado Flávio, ante 16% dos que se declaram bolsonaristas.
ERRO – Entre os eleitores que veem erro de Bolsonaro na escolha de Flávio, 19% acham que o ex-presidente deveria ter indicado a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), 16% avaliam que a opção deveria ter sido feita por Tarcísio e 11% citam Ratinho Júnior.
Os eleitores se dividem em relação ao posicionamento de Tarcísio, que afirmou que Flávio pode contar com seu apoio. Para 42%, o governador de São Paulo errou ao declarar apoio, enquanto também 42% dizem que ele acertou. A pesquisa Genial/Quaest fez 2.004 entrevistas entre os dias 11 e 14 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.