STF ouve ex-comandante do Exército no processo aberto contra Bolsonaro

Ex-chefe do Exército complica Bolsonaro. Veja a íntegra do depoimento

Freire Gomes jamais admitirá que era a favor do golpe

Deu no MSN

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta segunda-feira (19) uma série de oitivas cruciais na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O destaque do primeiro dia foi o depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército Brasileiro, que prestou informações consideradas centrais para o esclarecimento do caso. As informações são do portal Sputnik Brasil.

AMEAÇOU PRENDER – Segundo o relato do general à Polícia Federal, ele teria rechaçado qualquer articulação golpista e até mesmo ameaçado prender Bolsonaro, caso o então presidente insistisse em dar seguimento ao plano.

De acordo com a investigação, Bolsonaro teria apresentado a seus auxiliares e aos comandantes das Forças Armadas três dispositivos constitucionais como base para sustentar sua investida: a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o Estado de Defesa e o Estado de Sítio.

Além do general Freire Gomes, também foram ouvidos nesta segunda-feira Adiel Pereira Alcântara, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal; Clebson Ferreira de Paula Vieira, ex-integrante do Ministério da Justiça; e Éder Lindsay Magalhães Balbino, responsável por uma empresa contratada pelo Partido Liberal (PL) para fiscalizar as eleições.

81 TESTEMUNHAS – A rodada de depoimentos marca o início de uma maratona de audiências que deve durar ao menos duas semanas, com a escuta de 81 testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa. O objetivo é esclarecer a organização e a execução da suposta trama golpista, identificando os principais articuladores e seus papéis.

Entre os depoimentos ainda aguardados, estão nomes centrais da gestão Bolsonaro, como os demais chefes militares da época, o atual comandante da Marinha Marcos Sampaio Olsen, o ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão, o governador de São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, o ex-ministro da Economia Paulo Guedes, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ).

NÚCLEO DURO – A investigação também alcança outros membros do chamado “núcleo duro” do bolsonarismo, como Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-chefe do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

Com base nos depoimentos, o STF pretende avaliar a profundidade da tentativa de ruptura institucional e a eventual responsabilidade de Jair Bolsonaro e de seus aliados mais próximos.

O desfecho das investigações pode definir não apenas o futuro político do ex-presidente, mas também o destino de uma corrente ideológica que ganhou força nos últimos anos no Brasil.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O que sai  de mentiras nesses depoimentos não está no gibi. O próprio general Freire Gomes era a favor do golpe, mas recuou devido à posição do Alto Comando do Exército. A verdade é uma só: quem defendeu a democracia foi o Alto Comando. O Supremo agora tira onde da “salvador da pátria”, mas na época ficou quietinho em seu canto da praça. (C.N.)

10 thoughts on “STF ouve ex-comandante do Exército no processo aberto contra Bolsonaro

  1. O que importa nos depoimentos é o que o jornalismo prostituído não diz: o relato das testemunhas.

    Sob a batuta do Xandão do PCC, o Xanpinha do STF que mata e degola os seus reféns, o tribundal criou os julgamentos secretos. Agora é assim, os depoimentos das testemunhas não podem ser divulgados pela imprensa.

    O “Deu no MSN” repete como papagaio a narrativa do golpe espalhada pelo cartel de ladrões e traficantes PT/STF. Quanto ao que foi dito pela testemunha durante o seu depoimento … o público não pode saber. Viva liberdade de imprensa da narcocracia petralha.

  2. O general teve a dignidade de se opor ao então presidente-candidato, que foi vergonhosamente derrotado por outro ente minúsculo da classe dos cefalópodes. Para mim o general é um herói (espécie rara em nossa pátria amada).

  3. Não existe nenhum julgamento. Todos já foram julgados à revelia e condenados sem provas (até agora não vi uma prova material, só o diz que diz). São acusados de tentativa de golpe, mas no Ordenamento Jurídico Brasileiro não existe a tentativa de alguma coisa. Ou deram o golpe e o mesmo foi frustrado ou não existiu golpe algum. Assim é que as ditaduras funcionam.

  4. O alinhamento imediato da “Matriz” via Joe Biden ao eleito foi fundamental. Quem diria; 60 anos antes pararam o porta aviões e distribuíram armas e informações para os golpistas. Nações não tem amigos mas sim interesses e ponto final!

  5. Verdade seja dita, Carlos Newton: quem impediu o golpe de estado bolsonarista foi o Alto Comando do Exército (assim, em maiúsculas)!
    Quanto a Bolsonaro, é um reles ordinário! Um mau militar, como dizia Geisel!
    Bolsonaro era conhecido no Exército como ‘ladrãozinho de cordoalha de paraquedas’! Será por quê?

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