
Tentativas de articulação paralela de bolsonaristas evaporaram
Pedro do Coutto
A decisão do presidente Donald Trump de reduzir as tarifas sobre produtos agrícolas brasileiros, recuando do patamar de 40% para 10%, marcou um ponto de inflexão no debate político e diplomático entre Brasília e Washington. O gesto, que veio após uma conversa direta entre Trump e o presidente Lula da Silva, confirma algo que parecia improvável para parte da oposição: a diplomacia brasileira continua a ter peso, credibilidade e capacidade de recompor espaços mesmo em cenários adversos.
Longe do ruído das disputas internas, o Itamaraty empenhou semanas de negociação técnica, argumentos econômicos consistentes e mobilização de canais institucionais — e o resultado fala por si. A revisão das tarifas não apenas alivia a tensão sobre exportadores e estabiliza um setor já pressionado pelas incertezas internacionais, como também desmonta uma engrenagem política construída por lideranças bolsonaristas.
NEGOCIAÇÃO – A ideia de que os Estados Unidos adotariam medidas punitivas duras contra o Brasil, ou mesmo que poderiam atuar como uma espécie de contrapeso externo ao governo Lula, perde tração diante da realidade prática: quando a Casa Branca sinaliza com clareza que negocia com o governo brasileiro e reconhece a interlocução oficial com Lula, as tentativas de articulação paralela — como as de Eduardo Bolsonaro — evaporam.
O discurso que buscava transformar pressões externas em munição doméstica colide com a lógica da diplomacia real, que se move por interesses de Estado, não por agendas partidárias.
Esse contraste revela um cenário doméstico mais amplo. Enquanto o governo obtém um ganho simbólico e estratégico ao reabrir espaços de diálogo e reconstruir confiança internacional, o bolsonarismo vê esvaziar uma de suas narrativas centrais: a de que bastaria acionar aliados ideológicos no exterior para forçar mudanças no ambiente político interno.
LEIS PRÓPRIAS – O recuo de Trump mostra que a política externa tem suas próprias leis — e que alinhamentos pessoais ou afinidades retóricas não substituem a necessidade de estabilidade, previsibilidade e negociação madura entre países.
Em última instância, a redução das tarifas funciona como uma espécie de termômetro do momento político: ela indica que o Brasil volta a ser tratado como parceiro confiável e que o governo atual recuperou capacidade de mediação internacional. Ao mesmo tempo, expõe os limites de estratégias que tentam instrumentalizar atores estrangeiros para influenciar disputas nacionais.
O episódio demonstra, com clareza, que o campo onde se decidem questões comerciais e geopolíticas responde a outra lógica — e que, nesta lógica, quem apresentou resultados concretos foi o governo brasileiro.
Recuo? Que recuo cara pálida?
Os mini$tro$ do e$$eteefe recuperaram os seus vistos? A magnitsky contra o A-lei-xandre de Moraes foi revogada, cancelada?
Quantos produtos brasileiros ainda estão tarifados? Mais de 2000? Os produtos liberados foram para atender o Brasil ou aos Estados Unidos? Kkk… só rindo mesmo.
Acorda sr Eliel.
Avisei há anos atrás que tanto Lula quanto bozo não eram aceitos pelos patrões.
Lula foi ressuscitado pelo olho grande do bozo e amigos.
Queriam tomar o Estado por inteiro,ai contrário do Presidente Luis Inácio que permite por uma pequena parte.
Bessias é um exemplo.
Tanto Lulistas como bozos,tem um inimigo em comum….O Mercado.
Donald Trump é só pra mendigar.
2026 em diante, vão precisar de carrinho de pedreiro para carregar tantos dólares necessarios para comprar pão .l.
A descarga do USS.FORD está poluindo as aguas do pacifico sul tão forte imagine 60 mil toda hora descartando as fraldas…
Até LA NIÑA tá evitando a área….
Trumpeta nada fará entao faz você ô Maduro dancintia, fura aquela bóia com um HYPERSONIC, novo coral de recife na produndeza.
Maduro Lula Bozolado Trump, e os da zooropa então, nem se fala.
BANDALHEIRA DE MEDÍOCRES.
Tô mais feliz que pinto no lixo!
O canalha golpista já era!
Desde novo, o cara tinha o Golpe na cabeça.
Isso é verdade, é só pesquisar.
Quando chegou o dia do Golpe, se mandou covardemente e deixou a batata quente na mão dos otários.
Traiu todas as pessoas que de aproximaram.
Agora, foi traído pelos seus próprios filhos.
Com atitudes burras e completamente despreparados, mandaram o coroa pra jaula!
Agora que aguente!
É a lei do retorno!
Eu estou feliz, espero que esse sujeito, apodreça na jaula!
Mas tenho certeza que tem alguém, muito mais feliz que eu, a tal da MICHEQUE, que de livrou podre!
Grande dia!
🥳🥳🥳🍾🍾🍾🥂🥂🥂
José Luis
Ex-mito ‘abandonado’ por Laranjão
Governistas e bolsonaristas avaliam que as novas exceções ao tarifaço – citando Barba – mostraram esgotamento da tentativa do ex-mito de obter apoio dos EUA
O entorno do ex-mito entendeu que se esgotou a estratégia de obter apoio de Laranjão para pressionar os Poderes no país e, assim, tentar reverter a iminente prisão do chefe do clã.
O anúncio das novas exceções à sobretarifa de 40% justamente dias antes da esperada prisão do ex-mito caiu como um balde de água fria no lado bolsonarista.
A alardeada ação de Bananinha em solo americano se esgotou sem produzir nenhum benefício para o ex-mito, pelo contrário: só serviu para turbinar a recuperação da popularidade de Barba e para aumentar a rejeição ao ex-presidente.
Fonte: O Globo, Opinião, 22/11/2025 12h04 Por Vera Magalhães
Militares chamados de “Meu Exército” pelo ex-mito, à época, não se manifestam sobre prisão do ex-presidente.
Na derrocada, o ex-mito recebe manifestações de ‘apoio’ e ‘solidariedade’ na maioria de pré-candidatos que visam obter votos dos bolsotários nas próximas eleições.
Ainda não é motivo para soltar fogos. A redução das tarifas contra produtos brasileiros, foi pontual e atende aos interesses políticos de Trump.
O café, as frutas, principalmente o suco de laranja, a carne especialmente para o preparo dos hambúrgueres, elevou a inflação das commodities e os prejuízos causados, custou a prefeitura de Nova Yorque, os governos dos Estados da Virgínia e Nova Jersey, na eleição de 15 dias passados.
O alerta vermelho foi acionado na Casa Branca. Trump descobriu que a alta dos alimentos decide as eleições.
Trump manteve as tarifas das máquinas e equipamentos e produtos que não afetam a alta dos preços para o consumidor americano.
As pesquisas não estão sendo favoráveis ao Trump, alem da inflação em alta, os juros altos, o Caso Epstein, o escândalo sexual do milionário amigo do Trump, que envolve figurões do empresariado, políticos do Partido Republicano e dos Democratas e o próprio Donald, tem manchado a imagem do presidente.
Todos esses fatores juntos e misturados, provocaram o recuo do tarifaço Trumpista.
Há um perigo rondando a América Latina, porque presidentes em queda de popularidade, costumam guerrear contra inimigos externos para desviar a atenção do povo.
George D. Bush invadiu o Iraque com esse objetivo e o pretexto foi dizer que Saddan Hussein tinha um arsenal químico, logo desmentido pelos fatos subsequentes, deixando o Ministro da Defesa, general Collin Power com cara de que foi enganado pelo serviço secreto dos EUA.
Resultado: destruição e mortes de inocentes no Iraque.
Trump alivia para o Brasil, mas negociação de outras sanções comerciais será dura e arrastada
EUA incluem produtos alimentícios brasileiros na lista do ‘destarifaço’ mundial.
Conversa sobre itens industriais e barreiras não tarifárias deve ser mais difícil.
Folha de S. Paulo, Opinião, 20.nov.2025 às 21h02 Por Vinicius Torres Freire