Lula insiste em recriar imposto sindical e Arthur Lira avisa que não será aprovado

TRIBUNA DA INTERNET

Charge reproduzida do Arquivo Google

Hugo Marques
Veja

Parlamentares da oposição estão se articulando no Congresso para derrubar a proposta de criação do novo imposto sindical, que está sendo apresentada pelas centrais sindicais com o apoio do governo Lula, com objetivo de transferir 16 bilhões de reais do bolso do trabalhador para os cofres das centrais e sindicatos.

Durante a campanha eleitoral, o presidente havia prometido uma nova fórmula para sustentar financeiramente os sindicatos. A proposta em andamento triplica o antigo imposto sindical, extinto no governo Temer e que recolhia compulsoriamente um dia de trabalho de cada brasileiro com carteira assinada.

FATURAR MAIS – Agora, as centrais querem não só o retorno da cobrança como ainda sua ampliação do desconto para 3,5 dias por ano.

Voltar a encher os cofres dos sindicatos, porém, não será uma tarefa fácil para o governo. O presidente da Câmara, Arthur Lira, já se manifestou contra a proposta. “No Congresso isso não passa. Está alterando a reforma trabalhista. O imposto sindical foi extinto na reforma trabalhista”, disse Lira.

Vários parlamentares também partiram para o ataque contra o governo, antes mesmo da proposta ser apresentada. Vice-líder da oposição na Câmara, o deputado Maurício Marcon (Podemos-RS) calcula que a nova proposta em discussão dentro no governo Lula, se aprovada, vai criar uma receita de 16 bilhões de reais por ano para centrais, federações e sindicatos.

QUEDA ASSOMBROSA – Os cálculos de Marcon são feitos com base nos números do IBGE, de trabalhadores com carteira assinada e na renda média mensal do brasileiro.

Quando o imposto sindical foi extinto em 2017, os sindicatos faturavam 3,6 bilhões de reais por ano. Em 2021 já havia caído para R$ 65,5 milhões.

O deputado Paulo Fernando (Republicanos-DF), partido que está se aquecendo para entrar no governo, afirma que dificilmente um novo imposto sindical será aprovado. A extinção, segundo ele, foi uma vitória do trabalhador. “Faremos de tudo para que essa proposta absurda jamais seja aprovada”, disse.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Se o imposto não for recriado, a imensa maioria dos sindicatos fantasmas vai fechar as portas. Hoje o Brasil tem mais de 16 mil sindicatos. Os Estados Unidos, segundo no ranking, têm somente 191 organizações trabalhistas. O terceiro é a África do Sul, com 190. O Supremo já decidiu que o trabalhador só paga se quiser. Mesmo assim, Lula e o PT insistem em recriar o imposto É muita sem-vergonhice, (C.N.)

16 thoughts on “Lula insiste em recriar imposto sindical e Arthur Lira avisa que não será aprovado

  1. O salário já é uma “michoba”, não dão reajuste e nem significa o “religioso dízimo” Di estratosférico teto e ainda querem extorquir mais ainda?
    Pode mandar prender, que isso é trama de quadrilheiros e ladrões!

  2. Por que a pessoa contribuiria, se ela vai receber os benefícios de qualquer maneira?

    Parece que nos EUA e em outros países europeus, só os associados têm direito aos benefícios conseguidos através das negociações dos sindicatos.. Aqui no Brasil, isso é proibido por lei.

    Além do mais, é votada em assembleia, se o trabalhador aceita ou não descontar uma taxa referente à negociação realizada pelos sindicatos.

    No Brasil poderia haver essa ressalva. Assim, sindicatos que não se esforçassem não teriam contribuição ou taxa nenhuma.

    Sem sindicato, o qual representa a força coletiva, os trabalhadores continuarão perdendo sempre. A taxa máxima deveria ser diminuída para algo de 0,3% do rendimento anual.

    • Ué, simples, mude a parte da lei que obriga o benefício a ser extendido a aqueles que não contribuem. Simples né?

      Mas ninguém quer fazer isso, por isso exigiria que os sindicatos realmente trabalhassem para ganhar a confiança do trabalhador. Mas isso sindicalista não quer. Quer obrigar os outros a sustenta-los.

    • Já que eles querem pagar tanto para os Sindicatos dos Crimes, que querem pilotar Hilux, BMW, Mercedes-Benz, Land Rover, Ferrari, porque então não pagam logo um salário mínino do bolso.?

      • Sindicalista suspeita de fraude no RJ colecionava carros de luxo e imóveis

        Rita de Cácia adquiriu oito veículos de luxo desde 2010.
        Presidente do sindicato do comércio também comprou nove imóveis.

    • Ladrão e mentiroso:

      BRASÍLIA (Reuters) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que é contra a volta do imposto sindical, que era descontado obrigatoriamente da folha dos trabalhadores, e cobrou que a Central Única dos Trabalhadores defenda o mesmo.

      “A coisa mais grave, não para o trabalhador, mas para nós foi eles terem acabado com as finanças dos sindicatos. O que eu disse é que eu não quero mais imposto sindical. E é importante os dirigentes da CUT saberem que nós queremos a CUT contra o imposto sindical, é importante a gente ter claro isso”, defendeu Lula em um encontro com os dirigentes da Central.

      O imposto sindical –o desconto de um dia de trabalho por ano feito dos trabalhadores– foi encerrado em 2017, durante a aprovação da reforma trabalhista. O imposto representava uma fatia importante do orçamento da maior parte dos sindicatos.

      A legislação passou a permitir que o imposto seja cobrado apenas com autorização expressa do trabalhador. Além disso, as assembleias podem prever a decisão sobre uma contribuição dos sindicalizados, mas não existe legislação que obrigue o recolhimento.

      Lula defendeu que exista uma lei que preveja a autonomia das assembleias para decidir sobre a contribuição e a cobrança do valor dos trabalhadores filiados.

      “A gente não precisa de imposto sindical. O que a gente quer é que seja determinado por lei que os trabalhadores e a assembleia livre e soberana decidam qual é a contribuição dos filiados dos sindicatos. E as centrais sindicais e a assembleia livre e soberana decidem qual é a contribuição do sindicato para as entidades. E se alguém tentar fazer mutreta nós mesmos temos que denunciar”, disse Lula.

      Fonte: https://br.investing.com/news/general/lula-defende-fim-do-imposto-sindical-obrigatorio-988011

  3. Na verdade o STF já recriou a estrovenga, ao estabelecer que o sindicato pode cobrar de todos desde que isso seja aprovado por maioria em uma assembleia. E aí o trabalhador é que terá que correr atrás para dizer que não quer contribuir.

    A situação é ridícula, uma minoria vai decidir que outras pessoas são obrigadas a pagar.

    Os sindicatos vão marcar as assembleias em algum lugar obscuro, sem divulgar nada e colocar alguns “amigos” pra votar.

    Depois vão criar o máximo de burocracia para impedir que o trabalhador negue o pagamento.

    O STF novamente contrária o congresso nacional e da um jeito de restabelecer uma pilantragem, que o congresso expressamente proibiu.

    Até quando os congressistas vão permitir esse abuso de poder do STF?

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