José Casado
Veja
Lula assopra o fogo da fritura de Jean Paul Prates, presidente da Petrobras. Cuidando da frigideira estão Rui Costa, chefe da Casa Civil, Alexandre Silveira, ministro das Minas e Energia e porta-vozes do presidente no Partido dos Trabalhadores.
Prates passou dois dias nesta semana discutindo políticas de preços e de investimentos da Petrobras em reuniões com Lula, os ministros Costa, Silveira e Fernando Haddad, da Fazenda.
TUDO COMO ANTES – Quando Prates deixou o Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (22/11), versões sobre a sua saída da empresa proliferavam no governo, no Congresso e no Partido dos Trabalhadores. Divergiam em relação à ocasião, se antes ou depois do réveillon.
O problema de Prates é, na essência, o mesmo dos antecessores em diferentes governos: intervencionismo governamental numa empresa de capital misto, com maioria estatal, submetida às legislações distintas para companhias públicas e sociedades anônimas, além das regras específicas para empresas com ações negociadas em bolsas de valores do exterior, principalmente dos Estados Unidos.
As pressões são múltiplas e permanentes. Lula, por exemplo, quer usar o caixa da Petrobras para subsidiar preços de combustíveis no mercado interno e financiar parte do programa de obras federais nos Estados.
TUDO POR DINHEIRO – Já o PT e aliados do Centrão e sindicatos de petroleiros querem nomear executivos com poder de influência sobre contratos entre a Petrobras e fornecedores.
Prates, ex-senador pelo PT do Rio Grande do Norte, tem sido alvo de críticas pela dissonância com o governo e aliados no Congresso. Não aceitam a premissa de independência empresarial da Petrobras na arbitragem de preços e de investimentos, embora seja uma companhia com cerca de 800 mil acionistas privados e com margem de ação política limitada por leis nacionais e estrangeiras.
Essa crise na Petrobras é fotograma novo em filme antigo. Com Lula, outra vez, a mudança se resumiu à troca de guarda. Com Prates na frigideira do Planalto, a guarda tende a ser mudada, de novo, para que tudo continue no mesmo lugar.
Alô, Estadão…
Atenção redobrada…
O Ali-LulaBabá e os 40 Petroladrões vão com tudo prá cima da Petrobrás.
A propósito, Estadão vem com nós que você passa de ano….
Ficar ao lado de quadrilhas de bandidos é um caminho direto para a derrota….
Estadão, Vem com nós….
eh!eh!eh
Bem, nas entrelinhas, o comentarista sugere que a empresa dê lucros, mas somente para os poucos privilegiados. Investimentos previstos que geram crescimento e autonomia ao país, ele nem toca.
Do tipo desses “patriotas” o Brasil está cheio.
“As pressões são múltiplas e permanentes. Lula, por exemplo, quer usar o caixa da Petrobras para subsidiar preços de combustíveis no mercado interno e financiar parte do programa de obras federais nos Estados.”
Isso é o mínimo que esperamos de um Governo decente.
O Presidente tem razão.