Lula vê ditador da Venezuela como herói e a opositora dele como mulher histérica

María Corina Machado, a opositora liberal que busca destronar Maduro

Lula humilhou Maria Corina de uma maneira infantil e cruel

J.R. Guzzo
Estadão

O presidente Lula, com os aplausos de si próprio, da primeira-dama e do maior cordão de bajuladores que já se formou na história da República, entrou em estado de coma moral. A coisa não é de agora – Lula, há muito tempo, vem sofrendo de falência geral dos órgãos que determinam a conduta das pessoas de bem. Mas esse processo se acelerou notavelmente depois que assumiu a presidência pela terceira vez.

Não é que ele não seja capaz de entender a diferença entre o bem e o mal. Ele entende, sim – mas escolhe sempre ficar com o mal. Ficou de novo ao lançar sua última ideia como “líder mundial”, uma das piores que já teve em catorze meses de governo.

“FICAR CHORANDO” – Foi um momento de superação. Lula conseguiu dizer que a maior vítima da ditadura da Venezuela no momento, a candidata de oposição que foi proibida pelo TSE local de disputar a próxima eleição com Nicolás Maduro, deveria parar de “ficar chorando”.

É assim, exatamente, que funcionam hoje os circuitos mentais do presidente: a luta de Maria Corina Machado em defesa da liberdade, da vontade popular e das regras mais elementares da democracia é uma “choradeira”.

Corina se propõe a derrotar nas urnas um ditador que está lá há 11 anos, apenas isso; é vista em todo o mundo civilizado como uma combatente da democracia. Para o presidente do Brasil, porém, ela está sendo apenas uma mulher histérica. O herói, para ele, é o ditador.

FRACASSO TOTAL – Lula, nas suas miragens de “líder latino-americano”, tinha conseguido até agora um fracasso em estado puro: meteu-se pateticamente na última eleição da Argentina, e o seu candidato levou uma surra. Mete-se, no momento, no que a ditadura da Venezuela chama de “eleição” – uma fraude já contratada e especialmente grotesca, em que a mera marcação de uma data para as eleições é festejada por Lula como um triunfo da democracia.

Já não havia candidata de oposição, declarada “inelegível” e ameaçada de prisão. Não havia nem a data para as pessoas votarem. Agora, a oposição continua proibida de concorrer, mas a data foi marcada. Tudo resolvido, para Lula. O ditador, a ditadura e o amor venceram – e quem acha isso errado está apenas “chorando”.

O Brasil, porém, é submetido por ele a mais uma humilhação na comunidade internacional. Deixamos de ser uma nação decente; a única certeza que a política externa brasileira oferece hoje ao mundo é que estará sempre, em qualquer circunstância, ao lado das ditaduras. Lula já foi capaz de ficar a favor dos carcereiros e contra os presos políticos que faziam greve de fome em Cuba. Hoje é capaz de tudo.

6 thoughts on “Lula vê ditador da Venezuela como herói e a opositora dele como mulher histérica

  1. Loola não é mais um ser natural, é uma ideia. E quem disse que no Inferno não existe boas ideias?
    Diz o ditado, de boas ideias o inferno está cheio.

  2. O que o lula esta dizendo, é que a candidata venezuelana nem precisa concorrer, porque será derrotada de qualquer forma.
    Como dizia Stalin, quem vota não é importante. Importante é quem conta os votos.
    E essa gente importante toda, esta ao lado do Maduro, que certamente não deixará que se habilite qualquer escrutinador que não seja seu devoto.
    Eleição assim nem precisaria ser feita, pois já se sabe que será roubada.
    A esquerda esta com seu ciclo vitalício no final, mas ainda tem alguns dinossauros que não se curvam a realidade.
    Agora mesmo em Portugal, o povo deu um adeus aos canhotos.
    E assim começa a ser em todo o mundo, e onde podem se segurar com ditaduras, estão fazendo.

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