Caso Marielle e a estarrecedora relação do poder público com a criminalidade

PF aponta que crime foi idealizado e planejado de forma meticulosa

Pedro do Coutto

No último domingo tivemos a notícia de que o assassinato da vereadora Marielle Franco foi idealizado pelos irmãos Brazão e meticulosamente planejado pelo ex-titular da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, segundo aponta o relatório da investigação da Polícia Federal.

A PF considera que os irmãos Brazão e o delegado de polícia foram os autores do crime, que também matou o motorista Anderson Gomes em 2018 na região central do Rio. Para os investigadores, os irmãos foram os mandantes, e o policial participou do planejamento do assassinato, além de interferir nas investigações.

REPERCUSSÃO – Impressionante o novo episódio deste caso que ganhou uma enorme repercussão, inclusive na mídia internacional, trazendo à tona um novo e trágico aspecto ao revelar, mais uma vez, o sombrio relacionamento entre a política, a segurança pública e o crime no Rio de Janeiro. Os seus reflexos são proporcionais ao estarrecimento que o caso provoca.

Pior dos que a identificação dos mandantes e dos demais envolvidos no assassinato, é o trágico do impacto na administração publica do Rio de Janeiro e o grau de conivência entre a criminalidade e o poder público. O que foi divulgado, como assinalam as reportagens do O Globo, da Folha de S. Paulo e do Estado de S. Paulo, levará a uma inevitável confirmação do relacionamento entre faces que deveriam ser opostas, mas que na realidade, no caso Marielle, acentuou que agentes de Segurança, inclusive, transformaram-se em peças de insegurança.

CONVERGÊNCIA – O caso expõe uma cruel realidade, cuja dimensão, agora, pode ser calculada, influindo no comportamento de uma parcela que ao invés de combater o crime organizado, pelo contrário, une-se a esse segmento e deixa margem para se estimar como é profundo o relacionamento entre o crime e a obrigação de reprimi-lo. Ao contrário, revela uma convergência cuja extensão agora começa a ser trazida à tona e não se sabe ainda ao certo os limites de tal cumplicidade.

O assassinato covarde foi uma bomba que explodiu e cujos estilhaços atingem a consciência do proprio país. O Rio de Janeiro revelou ser uma área em que todas as pessoas estão expostas. Em matéria de segurança pública, as correntes diversas se encontram no episódio com as investigações sendo conduzidas  por verdadeiros porta-vozes do crime. As próximas etapas podem ainda confirmar fatos ainda mais surpreendentes e ficará a cargo das investigações as necessárias providências para que sejam minimizados episódios desse tipo.

10 thoughts on “Caso Marielle e a estarrecedora relação do poder público com a criminalidade

  1. Chegamos nessa situação porque a nossa justiça é autoridades são complacentes com a criminalidade. Tem que punir de forma exemplar aqueles que não seguem a lei. Prisão perpétua para assassinatos e punir de forma exemplar qualquer tipo de roubo, seja um assalto ou os corruptos. No Brasil os honestos são criminalizados e os bandidos endeusados

  2. A conta gotas sabermos agora quem mandou matar Marielle.
    Mais trancado que cloaca de micróbio são os dados do Adelio Bispo mantidos em segredo de justiça.
    Pra quem não sabe nem ouviu falar, Bispo foi o cara me meteu uma faca no bucho do Bolsonaro, deram uma de doido pra ele e está num hospício.
    Quanto ao caso Marielle aos poucos vai deixando de ser manchete por não envolver Bolsonaro como queriam os mergulhadores de águas turvas, os fariseus do templo e sepulcros caiados

  3. A esquerdalha está tinindo de raiva, pois quem matou a Mariella não foi ninguém ligado a Bolsonaro, mas sim ligado ao ladrão cachaceiro.

  4. A tal civilização ocidental esta de tal forma apodrecida, que a exemplo dos antigos impérios, como o mais notório, o romano, começa a ruir.
    Nós por cá, por termos o pioneirismo na podridão política, já estamos em fase de decomposição a mais tempo.
    Se não houver uma intervenção meio logo do “todo poderoso”, a coisa vai degringolar de vez.
    Os sinais dos tempos já estão bastantes visíveis.

  5. Como sabíamos todos, os PSOListas es esquerdistas envolvidos até o talo neste crime. Tentaram arrolar Bolsonaro no crime DELES, mas não foi possível por absoluta falta de provas, nem mesmo indícios. A maldita Globo e Esquerda sabiam que o caso já estava resolvido há 4 anos. Uma vergonha!

  6. Prefiro crer que a maioria dos BROXAnaristas não seja cultuadora de torturadores e incentivadora de estupro, tampouco ladravaz.

    As “qualidades” acima descritas são atributos do guru-mor, sua familícia e seu entorno político e de matadores de aluguel milicomilicianos.

    O problema é que comprimidos e mais comprimidos; supositórios e mais supositórios de cloroquina depauperaram por completo as ligações neuronais, gerando blecautes nas sinapses e, por conseguinte, tornando broxanaristas em espécie de zumbis cuja capacidade cognitiva ombreia com a de amebas

    … não por outra razão aferram-se ao negacionismo e/ou teorias conspiratórias (locais, nacionais, mundiais e interplanetárias) para não admitir que o Escritório do Crime – d’onde saiu ronnie lessa, matador de Marielle -, mantinha sala de atendimento no gabinete de flávioBROXA.

  7. Sr. Batista Filho,

    O deslinde deste horroroso crime, será surpreendente.

    Muita água suja vai rolar debaixo dessa ponte

    O chorume tá misturado e não dá mais pra separar.

    O silêncio da familícia é ensurdecedor!

    Quem viver, verá!

    Cadê o porteiro?

    Um abração,
    José Luis

    • José Luiz, a trama que envolve os mandantes, idealizadores e planejadores do assassinato da vereadora Marielhe Franco está longe dos verdadeiros esclarecimentos.
      Quem deveria investigar, destruiu todas as provas.
      Neste momento, o mais certo são os executores, Ronnie Lessa o atirador e o motorista do Cobalt Prata, Elcio de Queiroz.

      O Rio de Janeiro é um paraíso para criminosos. A ALERJ nomeia o Secretário da Polícia Civil e indica delegados para as principais delegacias da cidade. O governador está refém dos deputados estaduais, os mesmos, que conseguiram cassar por unanimidade, o governador Wilson Witzel. Provavelmente mandaram um recado para Castro: se quiser governar sozinho, terá o mesmo destino do Witzel.

      A Política no Brasil deixou de ser representativa para se tornar um celeiro de todo tipo de ilícitos.

      São tantos os crimes, que falar ou escrever sobre essa calamidade, pode significar um passaporte para outra vida.

      Nem a Intervenção na Segurança Pública, no governo Temer, comandada pelo general Braga Neto, teve o condão de resolver os graves problemas, que assola o Rio. Os militares do Exército não foram treinados para agir com eficiência no mundo do crime organizado e suas entranhas. Tanto é verdade, que Braga Neto nomeou Rivaldo Barbosa, um dia antes do assassinato de Marielhe Franco.

      A verdade é, que o crime organizado capturou e vem comandando o Legislativo.

      • Sr. Roberto Nascimento,
        Estou desanimado com o Brasil e decepcionado com os tipinhos (novos participantes) da TI.

        Salta aos olhos o engajamento de robôs nazistas.

        O pior é que o Sr. Carlos Newton, reconhece que muito pouco pode fazer, porque os tinhosos mudam de nome e voltam.

        Já reparou que todos os novatos são bolsonaristas?

        Não tem ninguém novo que seja normal.
        Mas, ainda tem os maluquinhos de sempre que já estamos acostumados com as bobagens que escrevem.

        Uma pena, é duro ter que ler textos de “pessoas” que defendem o indefensável.
        Talvez, sejam remunerados… enfim, como diz o Sr. Carlos Newton, vamos em frente…

        Um forte abraço,
        José Luis

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *