Governo Lula endurece tom com Maduro sobre eleição na Venezuela

Regime de Maduro repercutiu comunicado do governo brasileiro

Pedro do Coutto

Finalmente o governo Lula da Silva, através do Itamaraty, criticou a Venezuela pelas restrições absurdas do governo a representantes da oposição para o pleito inicialmente marcado para julho, fortemente afetado pela impugnação de candidaturas, como no caso de Corina Yoris.

O governo da Venezuela impediu a inscrição da candidata da oposição ao governo de Nicolás Maduro, nas eleições presidenciais venezuelanas. O Brasil diz acompanhar o processo eleitoral “com expectativa e preocupação”. Um veto indisfarçado e antidemocrático do governo venezuelano, deixando exposta  a disposição de assegurar a permanência de Nicolás Maduro no poder desde 2012.

DIPLOMACIA – Maduro culpou os Estados Unidos, chegando a dizer que o posicionamento brasileiro é um resultado da influência da Casa Branca. Os fatos que envolvem a questão falam por si e não deixam dúvida principalmente de que a posição do governo de Brasília é fiel ao pensamento nacional exposto pela diplomacia e baseado em uma tradição histórica brasileira.

Em nota, o Itamaraty informou que a decisão de barrar a candidatura da indicada pela Plataforma Unitária, força política de oposição, “não é compatível com os acordos de Barbados”. “O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”, acrescentou. “O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção, que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo”, reforçou o Itamaraty em nota.

Além disso, o ministério ressalta que, apesar do caso de Yoris, 11 candidatos ligados a correntes de oposição conseguiram se registrar. Entre eles o atual governador de Zulia, Manuel Rosales, também integrante da Plataforma Unitária. O Itamaraty informou que vai cooperar, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, para as eleições de 28 de julho.

DELÍRIO – É incrível a colocação de Nicolás Maduro e a sua visão claramente distorcida pelo delírio permanente de ficar no poder. O Brasil agora colocou a questão num plano democrático, o que relativamente deixa acentuado o processo antidemocrático do governo de Caracas. O exemplo da Venezuela não é o único em matéria de delírio pelo poder em função dele próprio.

A Rússia reelegeu Vladimir Putin para mais um período no governo que reprime a oposição e chegou a prender os integrantes das correntes que lhe são contrárias. Com isso, Putin parte para completar três décadas no poder. É tempo demais. Agora o espaço ditatorial volta-se a ampliar. A cortina de ferro ficou para trás, mas a real ditadura que domina o país ressurgiu e se mantém com Putin.

8 thoughts on “Governo Lula endurece tom com Maduro sobre eleição na Venezuela

    • Boa, Schossland ! É óbvio que o Itamarati reflete/repete as palavras de lalau. Seus cúmplices agora vão desancar Maduro, ainda mais com a autorização aqui do guru # 2.

  1. Senhor Pedro do Coutto , graças a ascensão de Vladmir Putin ao poder , após a decadência e destruição da então URSS , pelos seus ex-presidentes ” traidores ” Boris Iéltsin e Mikhail Gorbachev e entregue seu povo a própria sorte , Putin recuperou a alto estima de seu povo e reergueu o seu país , e esta se livrando dos inimigo internos nacionais Russos , que se banquetearam com a fome , miséria e humilhação do povo Russo , e queiramos ou não , se assim não fosse a Rússia hoje , estaria no mesmo patamar dos países Árabes e norte da África , que os USA , OTAN e seus lacaios invadiram , destruíram e trucidaram seus respectivos povos , ou seja , o mundo necessita ser multipolares , equilíbrios e fieis da balança , em todos os aspectos , principalmente belicamente como forma de dissuasão e contra- peso.

  2. Três décadas de poder também completará o Lullopetismo por aqui.

    Conluios, incompetências, seja como for o resultado é inegável.

    Simpatias são, na verdade, identidades mal disfarçadas.

  3. Os autocratas e os psicopatas se utilizam dos instrumentos da Democracia, se elegem dentro das regras eleitorais e uma vez eleitos, no dia seguinte começam a trabalhar contra a Democracia, atacando os Poderes da República, nomeando magistrados amigos, comprando o Legislativo e por fim, desqualificando o processo eleitoral para molda- los a seus interesses ditatoriais de perpetuação no Poder, geralmente assentado nas Forças Policiais do Estado, garantidoras do Ditador no Poder e se beneficiando com o carinho financeiro, que será concedido.

    Nicolas Maduro, se insere nesse cenário de horror, iniciado pelo coronel Hugo Chavez na Venezuela, que não está sozinha nesse modelo, vigente nos quatro cantos do mundo.

    É tão encantador a farsa da tomada do Poder permanente, com eleição ou sem eleição, que países com forte tradição democrática, quase sucumbiram por conta de líderes messiânicos, que utilizaram as redes sociais para disseminar mentiras para capturar a consciência do cidadão eleitor. Donald Trump, quase conseguiu destruir a Democracia nos EUA, foi por pouco. Jair Bolsonaro copiou o modelo trumpista literalmente e quase conseguiu se transformar no novo ditador do Brasil, através de um Golpe de Estado, fracassado por falta de apoio da maioria das Forças Armadas.

    No entanto, o jogo da tomada do Poder pela força, ainda não terminou no Brasil. A Câmara e o Senado, as duas instituições do Estado, tem atuado na defesa de criminosos e estão dispostas a tramitar projetos de Lei para submeter as decisões judiciais, que atinjam deputados e senadores, ao crivo da Mesa da Câmara. Trata-se de gasolina no paiol, a mercê de um fósforo aceso. A promiscuidade entre o Parlamento e o Crime, pode ensejar a tentativa de nova intentona golpista. Se vier, ninguém moverá uma palha para defender deputados e senadores, que seriam considerados o estopim de novo período militar, sem data para acabar.

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