
Quase 1,5 milhão de pessoas já pediram reembolso
Pedro do Coutto
O recente aumento no número de aposentados e pensionistas que solicitaram reembolso de descontos indevidos revela um problema sistêmico na relação entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e entidades associativas. Segundo dados divulgados pelo próprio INSS, quase 1,5 milhão de beneficiários contestaram cobranças em apenas quatro dias, entre 14 e 17 de maio. O dado, além de alarmante, levanta sérias questões sobre a fiscalização e a transparência no sistema previdenciário.
A velocidade com que esses números cresceram — de 1,3 milhão para 1,46 milhão em apenas 24 horas — sugere que o problema está longe de ser pontual. O fato de que apenas 27 mil pessoas, entre mais de 1,4 milhão, autorizaram de fato os descontos comprova a extensão do descontrole. Trata-se de uma desconfiança generalizada dos beneficiários, que passaram a questionar a legitimidade de vínculos com sindicatos e associações.
FRAGILIDADES – O episódio evidencia fragilidades no sistema de consentimento para débitos em folha. A facilidade com que entidades acessam os valores pagos a aposentados sem autorização explícita expõe não só uma falha operacional do INSS, mas também a atuação predatória de organizações que, sob a justificativa de representação coletiva, exploram economicamente uma população vulnerável.
A resposta do governo, por meio do aplicativo “Meu INSS” e da Central 135, ainda que bem-vinda, veio com atraso. As instabilidades relatadas no aplicativo reforçam a percepção de despreparo tecnológico do sistema público frente a demandas urgentes. O presidente do INSS, Gilberto Waller, recomendou “calma” aos usuários, mas o pedido soa insuficiente diante da frustração de milhões de brasileiros que dependem desses valores para sua sobrevivência.
COMPROVAÇÃO – O processo de contestação e reembolso também apresenta gargalos. As entidades têm até 15 dias úteis para comprovar a autorização do desconto e, caso não o façam, mais 15 dias para devolver os valores ao INSS. No entanto, essa devolução não será feita diretamente aos beneficiários — o que, embora vise proteger dados bancários, aumenta a distância entre quem sofreu o prejuízo e o ressarcimento efetivo.
A centralização do reembolso no INSS pode gerar novos atrasos e ineficiências, especialmente se considerarmos a já conhecida sobrecarga do órgão. O modelo atual, embora preventivo em termos de segurança de dados, não oferece garantias claras sobre prazos de ressarcimento ou mecanismos de responsabilização para entidades que atuaram de forma irregular. A ausência de sanções mais duras pode estimular a reincidência dessas práticas.
Conclui-se, portanto, que o episódio dos descontos indevidos é mais do que uma falha administrativa: é um sintoma de um modelo previdenciário que carece de mecanismos modernos de proteção ao beneficiário. O Estado precisa rever urgentemente os critérios de autorização de débitos e fortalecer sua infraestrutura digital para evitar que aposentados, muitos deles sem familiaridade com aplicativos e serviços online, sejam prejudicados por práticas abusivas. Se não houver uma resposta institucional firme, esse tipo de escândalo tende a se repetir, corroendo ainda mais a já frágil confiança no sistema público.
Tudo aconteceu pela certeza da impunidade decorrente da descondenação do Lula pelo STF. A partir daquele momento ficou claro que roubar dinheiro público não é mais crime no Brasil e nem dá cadeia. Tanto, que até agora todos os envolvidos não foram presos. Quando até o irmão do presidente está envolvido e o seu sindicato, um dos que mais roubou, não foi incluído na lista do inquérito sabe-se que mais uma vez o roubo praticado pela esquerda não dá cadeia. Como se diz, depois do Mensalão, do Petrolão e agora do Aposentão qual vai ser a próxima pilhagem do PT?
Na esquerda tem uma equipe especializada de farejadores de dinheiro público mais sensíveis ao uso de uma gazua. Detectado o filão as hienas põem-se ao trabalho. Sabem que o leão é manso e está com a barriga cheia.
Adendos, em:
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O BRASILSÃO!
Roubar o Brasil todo!
Um abraço,
José Luis
Para o Sr. Paulo Dubois
Bem assim. Mensalão, Petrolão, Aposentão e finalmente o Brasilsão.
Sempre é bom perguntar se todos esses que estão pedindo ressarcimento realmente o fazem de boa fé.
E convém também verificar quando isso começou a escalar. Em 2020 foi promulgada uma lei que flexibilizou as contrapartidas às entidades.
Ea fiscalização do INSS? Essa notícia será verdadeira? Se for, é algo bem grave. https://oantagonista.com.br/brasil/servidores-do-inss-foram-ameacados-apos-barrarem-descontos-ilegais/
Quem mandava no INSS era o Dr. CARECA DO INSS.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos – SINTAPI/CUT, fundado em 18 de maio de 2000, teve sua filiação à CUT aprovada na Plenária de 24 de janeiro de 2001 – Dia Nacional do Aposentado.
Rouba-se há muito tempo !
Terão que criar muitas narrativas para contornar as leis, as MPs e convencer que sindicatos filiados à CUT são de direita.
Ou admitirem: “Bolsonaro é o culpado por não vetar a lei em 2022. O que podíamos fazer ? Roubar, claro”.
E, pior ainda, terão – os petralhas – que assumir que Bolsonaro não vetou a lei para permitir que Frei (?) Chico (?), irmão do larápio, enchesse o rabo de dinheiro, o que é surreal.