Credibilidade de Lula no mercado cai a zero e a de Haddad não existe mais

IOF

Charge do Jorge Braga ( Arquivo Google)

Catia Seabra, Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli
Folha

Horas depois de baixar um decreto para aumentar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de uma série de operações de câmbio e crédito de empresas, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou uma reunião de emergência e decidiu rever dois pontos da medida, editada pelo presidente nesta quinta-feira (22).

Os ministros Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação) e Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Instituições) se reuniram no Palácio do Planalto na noite desta quinta com técnicos da área jurídica do governo para discutir os ajustes no texto do decreto. Eles pediram uma avaliação da Fazenda sobre a existência de erros na redação.

NOVO DECRETO – O ministro Fernando Haddad viajou para São Paulo após a entrevista coletiva do anúncio das medidas, mas participou das discussões a distância. O novo decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na madrugada desta sexta (23), antes da abertura dos mercados.

A pasta confirmou, em nota, a mudança no decreto. “Este é um ajuste na medida, feito com equilíbrio, ouvindo o país, e corrigindo rumos sempre que necessário”, disse o Ministério da Fazenda.

Segundo a pasta, “após diálogo e avaliação técnica”, o governo decidiu restaurar o texto que estabelece alíquota zero de IOF sobre aplicações de fundos de investimentos do Brasil em ativos no exterior.

NA ENTREVISTA – A cúpula do Ministério da Fazenda foi alertada para o problema durante a entrevista de detalhamento das medidas. O próprio secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, acenou com a possibilidade de correções na medida.

Um integrante da equipe econômica reconhece que houve um erro de entendimento da Fazenda em relação ao funcionamento dos fundos de investimento, e que o decreto desta quinta-feira permitia que as aplicações fossem tributadas diariamente com o IOF.

Outro interlocutor do governo diz que a Fazenda errou a mão no decreto e “foi além do que devia”. Segundo ele, a aplicação do IOF de 3,5% configuraria, na prática, um controle na entrada e saída de capitais desses fundos. Daí a necessidade de revogar a medida.

OUTRO RECUO – Uma segunda mudança, segundo a Fazenda, busca esclarecer que remessas de contribuintes brasileiros ao exterior que sejam destinadas a investimentos continuarão sujeitas à alíquota atual de 1,1%, sem alterações. Pela versão anterior, essa cobrança também subiria a 3,5%.

Segundo relatos, o governo identificou que essa alteração estava sendo alvo de desinformação em grupos de mensagem. Integrantes do Executivo afirmam que não havia intenção de elevar o imposto para quem envia dinheiro ao exterior para comprar uma casa, por exemplo, por isso optaram pelo ajuste na redação.

VAI DAR ERRADO -A estimativa da equipe econômica é que as mudanças no decreto devem reduzir em R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões o potencial de arrecadação com as alterações no IOF, inicialmente calculado em R$ 20,5 bilhões para 2025. Este valor foi contabilizado no relatório de avaliação do Orçamento e ajudou o governo a reduzir o tamanho do congelamento de despesas necessário para cumprir regras fiscais.

O alcance das medidas foi alvo de críticas de empresários ouvidos pela Folha. “É uma explosão de arrecadação insuficiente para uma expansão assustadora do gasto público e não tem como dar certo”, disse Flávio Rocha, da Riachuelo.

Integrantes do governo também estão preocupados com a possibilidade de a oposição usar o aumento do IOF sobre compras com cartão de crédito e débito no exterior, cartão pré-pago internacional e cheques de viagem para desgastar o governo Lula. Esta elevação, de 3,38% para 3,5%, está mantida.

IRIA CAIR – A redução gradual dessa cobrança havia sido prevista em decreto de 2022, editado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e buscava alinhamento com as práticas da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), grupo do qual o Brasil almeja fazer parte.

Dados da plataforma BuzzMonitor, que acompanha tendências nas redes sociais, apontam para um pico histórico de menções ao IOF. Cerca de 74% das 1.500 publicações coletadas pelo site nas últimas 24 horas, principalmente do X, tinham conotação negativa.

O aumento no IOF acabou ofuscando a divulgação do congelamento de R$ 31,3 bilhões de despesas do Orçamento deste ano. Mais cedo, auxiliares do presidente Lula reclamaram do vazamento da medida antes de o mercado fechar. O ministro dos Transportes, Renan Filho, antecipou as informações.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Com essa CPMF financeira para bancar a gastança eleitoral, a credibilidade de Lula no mercado cai abaixo de zero, levando junto o resto da antiga credibilidade que Haddad ainda tinha. “Que país é esse?”, perguntaria Francelino Pereira. E Renato Russo responderia: “É o país das mentiras deslavadas”. (C.N.)

17 thoughts on “Credibilidade de Lula no mercado cai a zero e a de Haddad não existe mais

  1. Lula só enxerga votos. E acha irrelevante o risco de perder os dos – 100? – agentes do Mercado. Esquecendo-se que eles também são Donos do Poder.

  2. Ninguém pode perder aquilo que já não tem mais. A completa falta de credibilidade pode ser vista no tamanho da Selic. Por isto que ninguém mais no PT reclama do BC.

  3. “aumento do IOF sobre compras com cartão de crédito e débito no exterior, cartão pré-pago internacional e cheques de viagem para desgastar o governo Lula. Esta elevação, de 3,38% para 3,5%”.

    Ora, em quem recaem essas medidas? Será que nos das camadas mais baixas?

    Queriam o quê? Corte no SM, na saúde, na educação? Congelamento dos salários?

    Tá certo quem pode mais em reclamar, mas quem pode menos vai reclamar? Engraçado que quando Trump aumenta as taxas de importações, atingindo principalmente, os menos favorecidos, ele é aplaudido, porém, quando aqui se aumenta uma alíquota que atinge os mais favorecidos, o governo não presta e o pior é que muita gente se deixa levar pela onda, por ignorância.

  4. Credibilidade de Lula no mercado cai a zero e a de Haddad não existe mais..

    Outra área que não tem mais credibilidade é a Extrema-Imprensa Corrupta Bandida e seus jornazistinhas macaquinhos amestrados para fazer shows ao bandido de estimação….

    Estão no fundo do lamaçal do Esgoto Coveiro entre as Marginais….

    Espero que se afundem mais e mais…..

    aquele abraço

  5. A moeda brasileira não vale mais nada,

    Não vale nem mais uma nota de 3 reais……

    As pessoas estão tirando o dinheiro do Brasil para aplicar em outros mercados.

    Preferem dolarizar as economias do que ficar com uma moeda real que não vale nada.

    E o que faz o Rato e seus ratinhos, aumentam mais impostos…

    È assim que funciona o comunismo. a única ideia que as ratazanas tem do cérebro contaminado pela ideologia genocida sanguinária é “AUMENTAR IMPOSTOS”…

    Posso citar várias exemplos…

    A primeira medida que a comuna fez quando sentou na cadeira de Prefeita da Maior Cidade da América Latina foi aumentar impostos e criar outros, como a taxa da luz, e a taxa do lixo….

    Não tem nada para fazer, aumenta impostos…

    o resto é aquele papinho de sempre e as narrativas para balançar os ovos de codorna enrugados do Narco-Vira-Lata de Nove Patas….

    aquele abraço

    • Sr. Newton

      A vida é bela e a girafa é amarela….

      Eles só pensam naquilo (impostos), como dizia a Dona Bela da escolinha do Professor Raimundo

      “Erundina quer aumentar IPTU para imóveis de mais de R$ 5 milhões
      Candidata prevê IPTU progressivo para imóveis de alto padrão.
      Ex-prefeita concedeu entrevista nesta terça à rádio CBN.

  6. Sr. Newton

    Hoje quem recebe esse apelido carinhoso de “aumentos de impostos” é a Ratazana do Fernando Haddad, virou centenas de milhões de memes, com o apelido “TAXADD..””.

    “..Entenda por que Marta Suplicy é chamada de “Martaxa”

    Arrecadação da prefeitura de SP com impostos subiu 24% durante gestão da petista….

  7. Colocaram um violeiro sofrível, que estudou economia por 2 meses, escreveu o livro “Em defesa do socialismo” e levou a cidade de São Paulo à falência, para comandar a economia do Brasil. Queriam o quê?

    • Tragam um Oscar, meia dúzia de Prêmios Pullitzer e vinte Globo de Ouro…..para o Sr. Celso

      Uma salva de palmas….

      PS.

      Até hoje estamos pagando á conta da corrupção do desgoverno do Taxxadd na Prefeitura de São Paulo.

      Dinheiro que vazou pelos esgotos da petralhada…..

  8. CREDIBILIDADE X CREDIBILIDADE = ZERO A ZERO, à moda campeonato baiano dependente da macumba, termina empatado, com ligeira vantagem para o ruim face ao pior. Daí vem o CN, em NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG, e faz pergunta que há trocentos anos não se cala, e responde por sua conta e risco: ” com essa CPMF financeira para bancar a gastança eleitoral, a credibilidade de Lula no mercado cai abaixo de zero, levando junto o resto da antiga credibilidade que Haddad ainda tinha. “Que país é esse?”, perguntaria Francelino Pereira. E Renato Russo responderia: “É o país das mentiras deslavadas”. E DAÍ A NOSSA RESPOSTA HÁ 35 ANOS NA ESTRADA DE VIDA, com a Revolução Pacífica do Leão, munida de projeto próprio, novo e alternativo de política e de nação, com democracia direta, meritocracia e Deus na Causa, que se propõe a resolver satisfatoriamente o país, a política e a vida do conjunto da população, para os próximos 500 aos, mostrando urbi et orbi o possível novo caminho para o necessário novo Brasil de verdade, porque a libertação se faz necessária e, sobretudo, porque evoluir é preciso, face ao país que aí está, há 135 anos, dominado por uma espécie de plutocracia putrefata com jeito de cleptocracia com ares fétidos de bandidoicracia, fantasiada de democracia apenas para ludibriar a crédula e tola freguesia, copiada mal e porcamente, às pressas como quem rouba, dos Estados Unidos da América do Norte, um negócio bilionário para os seus operadores, que operam à moda todos os bônus para ele$ e o resto que se dane com os ônus, imposto ao Brasil pelo militarismo e o partidarismo, politiqueiro$, e seus tentáculos velhaco$, com a imprensa falada, escrita e televisionada à bordo, conservadora da dita-cuja, alicerçada na areia movediça tipo tripé da gastança, da comilança e da impostança, turbinada pela loucura por poder, dinheiro, vantagens e privilégios, sem limite$, tocada pela maldita polarização política nefasta com tudo aparelhado pelos me$mo$, rejeitados nas ruas, em Junho de 2013 e nas urnas eleições após eleições apenas pelas abstenções e pelos votos em branco e nulos, dissidentes e antissistema, que, caso sejam depositados em prol do projeto inovador, já conta com votos mais que suficientes para para mandar o sistema apodrecido inteiro para a Tonga da Mironga do Kabuletê…http://www.tribunadainternet.com.br/2025/05/23/credibilidade-de-lula-no-mercado-cai-a-zero-e-a-de-haddad-nao-existe-mais/#comments..,

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