Se qualquer um pode vencer Lula, que tal a oposição lançar um candidato decente?

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É hora de indicar o melhor candidato a ser presidente

Fabiano Lana
Estadão

Nas duas pesquisas divulgadas recentemente sobre intenções de votos na corrida para o Palácio do Planalto, Atlas e Quaest, os pré-candidatos da oposição ameaçam de maneira efetiva o presidente Lula. Os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Ratinho Júnior (PR), Eduardo Leite (RS), a ex-primeira-dama Michelle, e até mesmo Jair Bolsonaro, hoje inelegível, aparecem empatados num eventual segundo turno. E, pior para o petismo, vêm em trajetória de alta com uma diferença que se estreita a cada rodada.

Pesquisa não é prognóstico eleitoral. Na política, as certezas são inimigas das melhores análises. Lula estava politicamente morto em junho de 2005, com o estouro do escândalo do mensalão, e ganhou com certa folga no segundo turno de 2006 contra o atual vice-presidente Geraldo Alckmin (também dado como morto, recentemente).

CHANCE REAL – Mas, se continuar a tendência, não será surpresa se Lula aparecer atrás de todo mundo nas próximas rodadas. A conferir. A oposição tem uma chance real em 2026.

O momento então seria de pensar no Brasil e não apenas na busca pelo poder, por mais que isso soe utópico. Há problemas urgentes e concretos a resolver. Ajuste das contas públicas, persistência da inflação, juros, falta de obras de infraestrutura, desigualdade, segurança pública.

O Atlas da Mobilidade Social, recém-divulgado, mostrou que apenas 2% dos mais pobres brasileiros conseguem chegar à prosperidade. Temos números vergonhosos nos índices de educação. A saúde pública sofre com o subfinanciamento. A lista de questões urgentes, como sabemos, é muito maior.

Se as pesquisas estiverem certas, a turma cansada tanto de Lula quanto de Bolsonaro pode ser maioria. Abre-se uma janela de oportunidade para buscar quem quer solucionar problemas estruturais brasileiros.

SELECIONAR – Em um primeiro momento, essa missão cabe à classe política: seria preciso viabilizar os candidatos que têm algo a apresentar ao País e não os que querem manter a guerra ideológica-cultural que nos tem paralisado como nação há tanto tempo.

Dando nome aos bois. Com todo respeito à ex-primeira-dama Michelle, mas o que ela pensa sobre os problemas do Brasil relatados neste texto? Nas suas falas, o que ecoa é um pedido para que nos encaminhemos para uma certa supremacia cristã. O filho de Jair, Eduardo Bolsonaro, abertamente simpático a autocratas, ainda segue mal nas pesquisas, mas o que teria a acrescentar na busca por solução dos nossos dilemas reais?

Os governadores Tarcísio e outros ainda mais desconhecidos do eleitorado, como Ronaldo Caiado e Romeu Zema, tentam se equilibrar entre serem pessoas pragmáticas ou seres presos à agenda regressiva de Bolsonaro.

CONFUSÃO GERAL – Zema, em especial, parece ter virado negacionista da ditadura militar brasileira. Tarcísio veio defender as credenciais democráticas de Bolsonaro, dia desses…

Ratinho Júnior, do Paraná, tem defendido a anistia geral aos vândalos golpistas do 8/1/23. Eduardo Leite é o único que rejeita a pauta ideológica e o pacote de loucuras bolsonaristas, por certo. Porém, não há a certeza se terá espaço em seu partido, o PSD, para uma candidatura presidencial.

Ou seja, são tantas as possibilidades da oposição que podem ficar sem possibilidade nenhuma. Mas os desafios que a nação precisa enfrentar seguem à nossa frente.

3 thoughts on “Se qualquer um pode vencer Lula, que tal a oposição lançar um candidato decente?

  1. Não é só dos políticos que a turma está cansada. Esse paus chegou a um ponto de falência total que está difícil, seguir alguma coisa, seja na política, esportes, músicas e principalmente acreditar na nossas mídias

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