CGU demite ex-chefe da Receita envolvido em caso das joias de Bolsonaro

Demissão foi motivada por favorecimento à igrejas

Weslley Galzo
Estadão

O ex-secretário da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes foi demitido no dia 25 de novembro pela Controladoria-Geral da União (CGU). A decisão foi publicada nesta segunda-feira, 1.º, no Diário Oficial da União (DOU).

Ele esteve envolvido no caso revelado pelo Estadão, em março de 2023, de desvio das joias doadas pela Arábia Saudita à Presidência. No comando da Receita, Gomes atuou para liberar na alfândega do Aeroporto de Guarulhos o conjunto de itens luxuosos para que chegassem às mãos do ex-presidente Jair Bolsonaro.

ISENÇÃO TRIBUTÁRIA – A demissão, no entanto, foi motivada por publicar um Ato Declaratório Interpretativo da Receita Federal (ADI) que garantiu isenção tributárias a instituições religiosas, com foco principalmente em igrejas evangélicas.

O ato foi assinado por Gomes às vésperas da eleição de 2022, num movimento do governo Bolsonaro de consolidar o apoio dos líderes evangélicos. A medida teve impacto milionário ao liberar as igrejas de recolher contribuições previdenciárias sobre as chamadas prebendas, um tipo de remuneração especial por meio da qual as igrejas pagam pastores e demais lideranças.

Por causa da decisão, Gomes foi alvo de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que durou mais de um ano, no qual enfrentava acusações de favorecimento pessoal e de terceiros, como ocorrência de erros procedimentais ou descumprimento de normas ou regulamentos.

INVESTIGAÇÃO – O Ministério da Fazenda conduziu uma investigação preliminar sumária que se converteu no PAD. As duas investigações concluíram que a ordem do ex-secretário foi manifestadamente ilegal, com elaboração de uma “minuta de ADI (Ato Declaratório Interpretativo da Receita Federal) fora dos padrões formais com irregularidades definidas em normativos”.

A demissão o proíbe de ocupar cargo público federal por cinco anos como punição por ter descumprido deveres funcionais e ter se utilizado do cargo em benefício próprio ou de terceiro, conforme consta na portaria assinada pela ministra substituta da CGU, Eveline Brito. A CGU também puniu o auditor fiscal Alex Assis de Mendonça no mesmo processo administrativo com 45 dias de suspensão.

4 thoughts on “CGU demite ex-chefe da Receita envolvido em caso das joias de Bolsonaro

    • Ah , Zamboba,

      946.244 votos dos idiotas , imbecis, trouxas, jogados na lata do lixo….

      Relator dá parecer contrário à cassação de Carla Zambelli

      Deputado Diego Garcia (PL) disse que não encontrou provas de que a parlamentar ordenou a invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça

      PS>

      .

      eh!eh!eh

  1. Sr. Newton

    Será que é melhor divulgar a separação do Sinistro Efeagaciano ou o que de fato acontece no fundo do poço

    “Coincidências” do escândalo Master

    “…Um dos advogados contratados por Vorcaro passou a ter como sócia em 2021 a esposa de Dias Toffoli, ministro relator do caso do Banco Master no STF….””

    https://www.youtube.com/watch?v=HY24T9vyGEk

Deixe um comentário para Armando Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *